sexta-feira, 25 de junho de 2010

"INOCENTES "


Inocentes foi uma das primeiras e mais importantes bandas
de punk rock brasileiras, formada em 1981 por ex-integrantes de
duas bandas da periferia de São Paulo, o Restos de Nada e o
Condutores de Cadáver.
O Inocentes foi formado em agosto de 1981, por três ex-membros do Condutores de Cadáver, o guitarrista Antônio Carlos Calegari, o baterista Marcelino Gonzales e o baixista Clemente, este, o mais experiente, pois já havia tocado no Restos de Nada, uma das primeiras bandas punk paulistanas. Os três chamaram o novato Maurício para assumir os vocais.
O nome Inocentes teria sido inspirado em uma música dos primórdios do punk inglês, de John Cooper Clarke, "Innocents", que fez parte da coletânea Streets do selo Beggar’s Banquet. Suas influências foram bandas como Buzzcocks, The Vibrators, Generation X, New York Dolls, The Saints e Ramones.
Em 1982, foram convidados, junto com Cólera e Olho Seco, a participar da coletânea Grito Suburbano, o primeiro registro sonoro das bandas punks brasileiras, lançada pelo selo Punk Rock Discos em 1982.
Com a explosão do movimento punk paulistano para todo o Brasil, o Inocentes conseguiu projeção nacional e se tornou um de seus porta-vozes.
Eles viraram personagens do documentário em vídeo Garotos do Subúrbio, dirigido por Fernando Meirelles (diretor de Cidade de Deus), e exibido no MASP em 1982,
e do curta Pânico em SP, dirigido por Mário Dalcêndio Jr.. No fim do mesmo ano,
já com um novo vocalista, Ariel Uliana Jr., participam do festival O Começo do Fim do Mundo, no SESC Pompéia, em São Paulo, que foi registrado ao vivo e lançado em disco no ano seguinte em forma de coletânea.

Em 1983, fazem parte da invasão ao Rio de Janeiro por punks paulistanos, tocando no Circo Voador com sete bandas punk paulistas e mais Paralamas do Sucesso, de Brasília, e Coquetel Molotov, do Rio de Janeiro. Nesse mesmo ano, entram em estúdio para gravar seu primeiro LP, Miséria e Fome, que tem dez de suas treze músicas censuradas e acaba virando o compacto Miséria e Fome, com apenas três faixas que foram liberadas pela censura. Participam do média-metragem Punks, dirigido por Sarah Yakni e Alberto Gieco, e no fim do ano, já como um trio com Clemente nos vocais, a banda acaba em pleno palco do Napalm (casa noturna precursora do Madame Satã), devido aos rumos que o movimento punk havia tomado
(as brigas entre gangs aumentavam a cada dia, não havia mais shows e zines).

O Inocentes voltou em 1984 com uma nova formação, Antônio "Tonhão" Parlato na bateria, André Parlato no baixo, Ronaldo dos Passos na guitarra e Clemente nos vocais e guitarra. E também com uma nova proposta, um som mais próximo do pós-punk e o objetivo de tocar além das fronteiras do movimento punk, fazendo parte parte do chamado rock paulista com bandas como Patife Band, Ira!, As Mercenárias, Voluntários da Pátria, Smack, 365, entre outras. Tocaram no Lira Paulistana, Zona Fantasma,
Via Berlim, Rose Bom Bom e Circo Voador, no Rio de Janeiro, onde fizeram a abertura de um show da Legião Urbana.
Nesse mesmo ano, Grito Suburbano é lançado na Alemanha com o nome de Volks Grito, pelo selo Vinyl Boogie, e a banda é incluída na coletânea Life is Joke, que contou com bandas punk do mundo inteiro, lançada pelo selo Weird System também da Alemanha.

Os anos na Warner

Em 1986, Branco Mello dos Titãs leva uma demo deles para a Warner que os contrata, e lançam o mini-LP Pânico em SP, produzido por Branco e Pena Schmidt, tornando-se a primeira banda punk brasileira a gravar por uma multinacional. O disco é bem recebido pela mídia e a banda excursiona por todo o Brasil pela primeira vez. As vendas na Warner são boas, mas não são as esperadas pela gravadora. Apesar disso, a banda conquista respeito e público por todo o país. Pânico em SP apresenta uma sonoridade mais limpa, mas sem perder as raízes punk rock do grupo, incluido a regravação de "(Salvem) El Salvador", do compacto Miséria e Fome, e músicas antigas que ainda não haviam sido gravadas, como o ska "Não Acordem a Cidade", que também foi o primeiro vídeoclipe da banda. Devido à banda ter assinado com uma multinacional, na época alguns punks disseram que eles foram "vendidos" ao sistema.

O segundo álbum pela Warner, Adeus Carne, sai em 1987 e foi produzido por Geraldo D’Arbilly e Pena Schmidt. Contém músicas que tocaram nas rádios rock, como "Pátria Amada" (que se tornou seu segundo vídeoclipe), "Tambores" e "Cidade Chumbo". O show de lançamento, realizado no Center Norte, no estacionamento do shopping na zona norte de São Paulo, reúne mais de dez mil pessoas. Apesar de tudo isso, a gravadora deixa a banda de lado por considerá-la "difícil" de trabalhar.

O terceiro álbum pela Warner só sai em 1989, produzido por Roberto Frejat, do Barão Vermelho. Segundo a banda, é um disco um tanto confuso, desde a capa, onde a banda aparece nua e algemada, até o conteúdo, uma mistura de rock’n’roll, punk rock e rap. Tudo isso foi resultado da pressão exercida pela gravadora em cima da banda, que faz com que o clima dentro da banda esquente, tornando-se insuportável. A capa foi o resultado de uma tentativa da banda em persuadir a gravadora a não colocar os quatro na capa novamente, mas eles adoraram a foto e ela acabou saindo assim mesmo. As gravações foram um tanto tumultuadas e a banda preferia esquecer os shows de lançamento em São Paulo e no Rio. O resultado de toda essa confusão foi a saída de Tonhão e de André Parlato, substituídos por César Romaro na bateria e Mingau (ex-Ratos de Porão e 365) no baixo, e a saída da banda da Warner.

Anos 90

No início dos anos 90 eles estavam sem gravadora, com poucos shows e pouco dinheiro. A banda tomava rumos cada vez mais distantes do punk rock que a consagrou. Em 1991, uma demo com a música "O Homem Negro" chegou à rádio 89FM e tocou sem parar. A música, uma mistura entre punk rock, rap e rock, conquistou novos fãs e abriu novos horizontes, e em 1992, lançam Estilhaços, um álbum quase acústico pelo selo Cameratti. Pela primeira vez a banda freqüenta o circuito de shows da Secretaria de Cultura da Cidade de São Paulo, fazendo vários shows gratuitos em casas de cultura pela periferia da cidade. A faixa "Faminto" toca nas rádios rock e a banda volta a excursionar.

Em 1994, as raízes punk rock começam a voltar no álbum Subterrâneos, lançado pela gravadora Eldorado. A banda participa do curta-metragem Opressão, de Mirella Martinelli, onde interpreta a si mesma e Clemente é assassinado em pleno palco por um bando de skinheads nazistas. O filme ganha vários prêmios pelo mundo. Nessa época, Clemente grava com Thaíde & DJ Hum, uma versão de "Pânico em SP" que acaba mudando a letra e o nome para "Testemunha Ocular". A música faz parte da coletânea No Majors Baby, produzida por Marcel Plasse para a gravadora Paradoxx, e é a primeira colaboração oficial entre músicos de rock e rap em São Paulo.

O Inocentes faz o show de abertura da apresentação que os Ramones fizeram no Olímpia, em São Paulo. Foram três dias de pancadaria, com Calegari voltando a banda, desta vez assumindo baixo no lugar de Mingau, que foi tocar com Dinho Ouro Preto. Os shows tiveram uma grande repercussão e, quando a banda se preparava para gravar seu novo álbum, saem César Romaro e Calegari. Ronaldo convoca Nonô, baterista do Full Range, e Clemente chama um velho amigo para assumir o baixo, Anselmo Guarde (ex-vocalista do SP Caos e ex-baixista do Viúva Velvet e do Fogo Cruzado). Com essa formação, no final de 1995, a banda entra em estúdio e grava o álbum Ruas, que foi lançado em 1996, pela gravadora Paradoxx. O novo disco retoma a pegada punk rock. A banda toca no primeiro Close-up Planet com Sex Pistols, Bad Religion, Silverchair e Marky Ramone, que acaba amigo da banda e divide vários shows pelo interior. A apresentação no Close-Up Planet repercute bem e novamente caem na estrada, chegando até Recife, onde se apresentam no Abril Pro Rock de 1997.

Em 1998, entram em estúdio e gravam Embalado a Vácuo. O álbum chega a ser lançado pela Paradoxx, que o vende para a Abril Music, que o relança, em 1999, com capa nova e duas faixas bônus. A música "Cala a Boca" toca nas rádios rock, e chega a ficar dois meses em primeiro lugar na rádio Brasil 2000, sendo só desbancada pelo Kiss, que desembarca no Brasil para um show no autódromo de Interlagos. Realizam dois shows, um com o Ultraje a Rigor, na USP, e outro com o Ira!, no SESC Itaquera, reunindo mais de dez mil pessoas por show. Seu último álbum pela Abril Music foi "O Barulho dos Inocentes", produzido por Clemente e Rafael Ramos, com versões de várias canções punks nacionais que a banda gostava. Chegaram a fazer uma versão para "I Wanna be your Boyfriend", dos Ramones. Também foi gravada uma versão para "Should I Stay or Should I Go" do The Clash, que não saiu no álbum.

Atualmente

Em janeiro de 2001, gravam um disco ao vivo no SESC Pompéia, em São Paulo,
chamado 20 Anos ao Vivo e foi licenciado para o selo RDS.
Fizeram o show de abertura do Bad Religion no Credicard Hall,
e logo após Ronaldo dos Passos resolve deixar a banda e foi substituido por André Fonseca (do Okotô) nas guitarras. Nonô também sai da banda e começa uma troca constante de bateiristas.
Ronaldo saiu e foi tocar com Kid Vinil no Magazine retornando algum tempo depois. Também sairam André Fonseca e o baterista Edgard, e em seu lugar foi convocado Frederico Ciociola, o Fred. Em 2004, gravaram o álbum Labirinto pelo selo Ataque Frontal, produzido pela própria banda. A primeira prensagem esgotou em menos de uma semana e a música "Travado" começa a ser executada nas rádios.




Discografia Álbuns

Miséria e Fome (7" EP, 1983, Inocentes Discos)
Pânico em SP (12" EP, 1986, Warner)
Adeus Carne (LP, 1987, Warner)
Miséria e Fome (12" LP, 1988 ,Devil Discos) [Reedição do primeiro 7" EP incluindo as faixas que haviam sido censuradas em 1983.]
Inocentes (LP, 1989, Warner)
Estilhaços (CD, 1992, Camerati)
Subterrâneos (CD, 1994, Eldorado)
Ruas (CD, 1996, Paradoxx)
Embalado à Vácuo (CD, 1998, Abril Music)
Garotos do Subúrbio (CD, 1999, RDS) [Reedição da Demo Tape (K7) lançada em 1985.]
O Barulho dos Inocentes (CD, 2000, Abril Music)
Vinte Anos ao Vivo (CD, 2002, RDS)
Labirinto (CD, 2004, Ataque Frontal)

Compilações

Grito Suburbano (12" EP, 1982, Punk Rock Discos)
O Começo do Fim do Mundo (LP, 1983, SESC)
Made in Brazil (K7, 1983) [Bootleg]
Life is a Joke (LP, 1984, Weird System)
Volks Grito (LP, 1984, Vinyl Boogie)
Killed by Hardcore vol. 2 (CD, 2002)
Botinada: a Origem do Punk no Brasil (CD, 2006, ST2)
Where The Wild Things Are vol. 07 (CD, 2007) [Bootleg]

domingo, 20 de junho de 2010

" DETRITO FEDERAL "



A banda foi formada pelo guitarrista Bosco e o vocalista Alex "Podrão",
ex-integrantes da banda Derrame Cerebral, e contava também com Mila no baixo e
Paulo César "Cascão" na bateria.
Por muito tempo ensaiou no Teatro de Bolso Rolla Pedra, onde passaram as bandas Legião Urbana, Plebe Rude, Capital Inicial, Finnis Africae, Dentes Kentes,
entre outras.
Em 1985 participaram da coletânea independente Rumores do selo Sebo do Disco,
com as bandas Finis Africae, Elite Sofisticada e Escola de Escândalos,
sendo a única banda punk da coletânea com as músicas "Fim de Semana" e "Desempregado". Foram lançadas 1000 cópias dessa coletânea.




Ainda em 1985, Mila deixa a banda junto com Bosco, sendo substituídos por Will Pontes e Paulinho. O grupo consegue maior projeção nacional quando a Rede Globo
os convida a participar do extinto programa Mixto Quente, em janeiro de 1986.
Alguns anos mais tarde Mila monta a banda Volkana, mais voltada para o thrash metal, que chega a abrir para a banda alemã Kreator na sua turnê brasileira..

A fase new wave

No início de 1986, um racha na banda leva Podrão a se desligar do grupo, montando com Bosco o BSB-H e acusando os antigos companheiros de se venderem para o sistema e trair a ideologia punk. Decidido a refazer o grupo, o baterista Cascão decide assumir os vocais e Luciano Dobal assume a bateria. Paulinho também deixa a banda, assumindo o baixo Milton Medeiros. Nessa época, o Detrito abre mão das posturas mais radicais, deixa de lado a atitude e o visual punks, e muda seu som para new wave. Essa mudança ocorreu pelo fato de Cascão querer que a banda seguisse o rumo de bandas de Brasília que estavam fazendo sucesso, como Legião Urbana, Plebe Rude e Capital Inicial.
No início de 1987, a banda muda mais uma vez de formação, com Cascão e Milton Medeiros, e os novos integrantes Si Young e Débora Darwich e Mauro Manzolli. No memo ano, a banda fecha contrato com a Polygram e grava o álbum Vítimas do Milagre, produzido por Charles Gavin, baterista dos Titãs.O disco vendeu 40 mil cópias e tocaram em diversos programas de televisão tais como Xuxa, Perdidos na noite, Clube do Bolinha, Jô Soares, entre outros.
Com a saída de Si Young (que mudou seu nome para Syang e foi formar o P.U.S.), a banda foi demitida pela gravadora e teve que retornar à Brasília. Milton ficou no Rio de Janeiro como roadie do Finis Africae. Desde então, vários músicos passaram pela banda, como Tom Capone (produtor musical) e Ricardinho (ambos "emprestados" pelo Peter Perfeito), substituto de Débora, que foi morar nos EUA.

Entre 1989 e 1990, o Detrito chegou a contar com o baixista Pedro Hiena (ex-Arte no Escuro) e o baterista Balé (ex-Escola de Escândalo), além do guitarrista Rômulo Jr. Nessa época, ganharam de presente de Renato Russo uma letra, depois batizada como "Fábrica 2", nunca gravado oficialmente.
Com a volta de Débora e com as saídas de Balé e Pedro Hiena, que foram morar no exterior, Paulo Delegado (do BSB-H) assumiu o baixo. Em 1995, entra Victor Babu como segundo guitarrista. Tocaram em 1997 no festival Abril Pro Rock, em Recife, com a participação do guitarrista Luís Asp. Nesse mesmo ano, tentaram gravar um novo disco, mas só conseguiram incluir a música "Ninguém Ajuda Ninguém" na coletânea Cult 22, do programa homônimo da Rádio Cultura FM.
Em 1998, fizeram dois shows, um no Teatro Garagem do SESC e outro em um extinto bar da Asa Norte com a banda Filhos de Menguele. Logo após esses shows, a banda acabou e Cascão assumiu a carreira de advogado e de DJ com o nome de PC Cascão.

A volta às raízes

A banda retornou em 2001, fazendo punk rock novamente, com Bosco e Alex
"Podrão" da primeira formação.
Participaram da edição de 2001 do festival Abril Pro Rock em Recife, onde houve "duas" bandas Detrito Federal: Uma de Bosco e Podrão tocando as músicas da formação original e músicas novas, e outra de Cascão com o nome de Paulo César Cascão & Desempregados tocando músicas da fase new wave, o que gerou muita polêmica e discussão. Os fatos que geraram polêmica foram o fato de Cascão não poder tocar usando o nome Detrito Federal e as duas bandas terem tocado a música "Desempregado" nos seus shows.
Após esse incidente, Cascão abandonou definitivamente a música, e Bosco e Podrão seguiram com a banda, lançando em 2002, o EP Guerra, Guerrilha, Revolução, com quatro músicas novas e regravações das músicas "Desempregado", "Se o Tempo Voltasse" e "Fim de Semana".
Em 2005 gravaram o álbum 1983, nome relembrando o ano de criação da banda, e fazendo referência às origens e a volta ao punk rock, som original da banda. Hoje em dia a banda ainda continua na ativa com Alex "Podrão" nos vocais, Bosco na guitarra, André "Galego" na bateria e BiL no baixo, e está com planos de lançamento de um novo álbum.

Discografia Álbuns

Vítimas do Milagre (LP, 1987, PolyGram)
Guerra, Guerrilha, Revolução (7" EP, 2002)
1983 (CD, 2005, Devil Discos)

Compilações


Rumores (LP, 1985, Sebo do Disco)
Cult 22 (CD, 1997)

sábado, 5 de junho de 2010

" FINIS AFRICAE "


A Finis Africae foi uma banda brasiliense que emplacou hits como "Ética",
"Van Gogh", "Armadilha", "Dus Ateu" e "Mentiras". O ano de 1986 começou bem,
com o lançamento de um EP, chamando a atenção de gravadoras para um lançamento posterior. A EMI-Odeon fechou o contrato com a banda e colocou o primeiro LP nas prateleiras, no ano seguinte.

A Finis Africae surgiu em uma época que Legião Urbana, Plebe Rude e Capital Inicial dominavam o espaço na cena do rock brasileiro. Após o sucesso de "Armadilha" nas rádios, no ano de 1986, a banda continuou o caminho e conseguiu colocar no mercado um LP homônimo.

Formação

Rodrigo Leitão / Voz
Neto Pavanelli / Baixo
José "Zezinho" Flores / Guitarra
Ronaldo Pereira / Bateria
Alexandre Saffi / Guitarra
Após um rápido encontro da banda para um CD ao vivo, "Zezinho" e Neto deixam a banda, dando lugar a Roberto Medeiros e MC Gregor.




Discografia

* 1986 - Finis Africae (EP)
* 1987 - Finis Africae (LP, EMI ODEON)
* 2002 - Ao Vivo

" ABORTO ELÉTRICO "


Aborto Elétrico foi uma banda brasileira de punk rock que esteve ativa entre 1978 e 1982. Inspirou o surgimento de várias outras, como Legião Urbana, Capital Inicial e Plebe Rude.

A banda fez parte da Turma da Colina, um grupo de bandas de Brasília, junto a bandas como a Plebe Rude e a Blitz 64.
Tinha, em sua formação original, Renato Russo no baixo, André Pretorius na guitarra e Fê Lemos na bateria. Depois que André Pretorius foi prestar serviço militar na África do Sul, Renato Russo passou a tocar guitarra e entrou o baixista Flávio Lemos, irmão de Fê Lemos. Mais tarde a banda ainda contou com a presença do guitarrista Ico Ouro Preto, irmão de Dinho Ouro-Preto. A banda terminou em 1982, depois de desentendimentos entre seus integrantes. Segundo Fê Lemos, após Renato Russo errar várias vezes as letras das canções em um show, ele arremessou uma baqueta nas costas de Renato, que disse que não iria mais fazer parte da banda. Parte de seu repertório foi esquecida, e a outra parte foi dividida entre Capital Inicial e Legião Urbana.

Em 2005, Capital Inicial lançou o álbum MTV especial Aborto Elétrico, com dezoito canções do repertório do Aborto Elétrico, quatro que já haviam sido gravadas pelo Capital Inicial ("Fátima", "Música Urbana", "Ficção Científica", "Veraneio Vascaína"), cinco que já haviam sido gravadas pela Legião Urbana ("Que país é esse", "Geração Coca-Cola", "Conexão Amazônica", "Tédio (com T um Bem Grande pra Você)", "Química") e mais nove inéditas ("Baader-Meinhof Blues nº1", "Construção Civil", "Anúncio de Refrigerantes", "Love Song One", "Heróina", "Benzina", "Submissa", "Helicópteros no Céu", "Despertar dos Mortos").




Integrantes





Renato Russo - Vocal e Guitarra
Fê Lemos - Bateria
Ico Ouro-Preto - Guitarra
Flávio Lemos - Baixo

Ex Integrantes

André Pretorius - Guitarra (Só participou do primeiro show do Aborto Elétrico.)

Repertório





"1977"
"A Dança"
"Admirável Mundo Novo"
"Ainda é cedo"
"Anjos Mortos"
"Anúncio de Refrigerante"
"Aranha no meu suco"
"Azul"
"Baader-Meinhof Blues nº1"
"Benzina"
"Blockbuster"
"Buenos Aires"
"Colina Tédio"
"Conexão Amazônica"
"Construção Civil"
"Cotton"
"Despertar dos Mortos"
"Diamantes de Vidro"
"Fátima"
"Ficção Científica"
"Fome"
"Geração Coca-Cola"
"Guitar House"
"Helicópteros no Céu"
"Hey Menina"
"Heroína"
"Here come the Red"
"(It’s all because of my new) Sneakers"
"Love Song One"
"Metrópole"
"Música Urbana"
"Música para Bronnen..."
"Não Ditas Por Mim"
"No fun, my babe, no fun"
"O Que Eu Quero"
"Pão com cola"
"Piauí imaginário"
"Pride day"
"Quanto Tempo"
"Que País é este"
"Química"
"Radiador Blues"
"Soldados"
"Submissa"
"Tédio"
"Untitled One
"Untitle Two"
"Veraneio Vascaína"