domingo, 29 de julho de 2007

"CAMISA DE VÊNUS"



O grupo (Marcelo Nova, voz; Gustavo Mullen, guitarra; Karl Hummel, guitarra; Robério Santana, baixo; Aldo Machado, bateria) surgiu em Salvador em 1982, com uma pioneira proposta punk rock. Fizeram shows na capital baiana e gravaram um compacto antes de ir para o Rio de Janeiro, em 83. O LP de estréia, "Camisa de Vênus", fez sucesso com a música "Bete Morreu". Outras faixas que consagraram a banda foram "Eu Não Matei Joana D'arc" e "Simca Chambord". O grupo se desfez no final dos anos 80 e o vocalista Marcelo Nova gravou um disco com Raul Seixas. Em 1994 o Camisa de Vênus voltou a se reunir, lançando dois CDs pela Polygram.

"LULU SANTOS"


Roqueiro precoce, aos 12 anos tocava com os Cave Man, banda de cover dos Beatles. Ao longo dos anos de 1970, emprestaria sua guitarra ao Albatroz, Veludo Elétrico, Veludo e Vímana, no qual tocou com o então flautista Ritchie e o baterista Lobão. Depois de um tempo como músico free-lancer, estreou carreira solo, com o nome de Luís Maurício, lançando um compacto.

Em 1981, já como Lulu Santos, lançou o compacto com “Tesouros da Juventude”, parceria com o jornalista e produtor Nelson Motta. Em 1982, lançou seu LP de estréia, “Tempos Modernos”, cuja faixa-título se tornaria seu primeiro grande sucesso. Seguiriam-se os LPs “O Ritmo do Momento” (1983), “Tudo Azul” (1984), “Normal” (1985), “Lulu” (1986) e “Toda Forma de Amor” (1988), que lhe garantiram uma invejável quantidade de sucessos: “Um Certo Alguém”, “Como Uma Onda”, “Tão Bem”, “O Último Romântico”, “Casa” e
“A Cura" Depois de três LPs sem a mesma repercussão de antes – “Popsambalanço e Outras Levadas” (1989), “Honolulu” (1990) e “Mondo Cane” (1992) –, Lulu Santos fez as pazes com o sucesso ao enveredar pela disco-dance nos LPs “Assim Caminha a Humanidade”, “Eu e Memê, Memê e Eu” (1995, com o produtor Marcelo “Memê” Mansur) e “Anticiclone Tropical” (1996).
Uma parada para a experimentação eletrônica – o disco “Liga Lá”, de 1997 – e o músico voltou ao formato radiofônico com “Calendário” (1999), puxado pela música “Fogo de Palha”.
Depois de “Lulu Acústico” (2000 – BMG), álbum que vendeu 700 mil cópias, cansado do violão, Lulu retorna à guitarra e lança seu 17º disco, “Programa”, em 2002. O disco marca a reestréia da banda Paralamas do Sucesso após o acidente com Herbert Vianna (de ultraleve, em fevereiro de 2001), que tocou guitarra na faixa 4 do 5, referência à data de aniversário de Herbert e do solista, ambos de 4 de maio. Em 2003, Lulu traz o álbum “Bugalu” (Sony BMG). Dentre as várias canções deste CD está “Já é!”, que faz parte da trilha sonora da novela global “Agora é Que São Elas”.
O DVD de Lulu vem em 2004, juntamente com o CD homônimo: “MTV Ao Vivo”. Neste trabalho, que lhe rendeu 800 mil cópias vendidas, encontram-se os maiores sucessos da carreira do cantor e compositor, em versões acústicas de seus maiores sucessos gravadas para o programa de televisão MTV Ao Vivo.
Um dos mais populares artistas brasileiros, Lulu, em seu mais recente trabalho, o CD "Letra e Música" (Sony BMG), lançado em 2005, produziu e arranjou 11 das 13 faixas presentes no álbum. O disco traz diversas canções inéditas, como “Vale de Lágrimas”, “De Cor”, “Din-Don” e “Circular”.

" LOBÃO "


Tendo aprendido violão e bateria na adolescência, aos 17 anos sai da casa dos pais no Rio de Janeiro para se tornar músico profissional, participando de uma peça e em seguida integrando em São Paulo a banda Vímana, ao lado de Lulu Santos, Ritchie,
Luis Paulo e Fernando Gama.
A Vímana durou três anos e lançou um compacto.

Depois do fim da banda, Lobão continuou atuando como baterista profissional, tocando com Luís Melodia, Walter Franco e Marina. Em 1980 participa da primeira formação da Blitz, saindo do grupo antes do estouro. Dois anos mais tarde grava o primeiro álbum solo, "Cena de Cinema", que começou como uma precária fita cassete que chegou à Rádio Fluminense. Fez tanto sucesso que a RCA Victor comprou o disco e o lançou comercialmente.
Mais tarde forma a banda Lobão e os Ronaldos, que se apresenta em Nova York e lança em 1984 "Ronaldo Foi pra Guerra", com o sucesso "Me Chama". A banda acabou em seguida e Lobão sumiu por uma época. Volta à cena em 86 com "O Rock Errou", um disco já crítico a respeito da falta de originalidade do rock, e convida Elza Soares para gravar uma faixa. Saem daí sucessos como "Revanche". No ano seguinte, Lobão é preso por porte de drogas e passa um ano na cadeia, onde elabora o disco "Vida Bandida", que faz enorme sucesso.
Quando sai da cadeia passa a freqüentar a Mangueira e se interessar mais por samba e carnaval, e em 1988 seu disco "Cuidado!", misturando samba e rock, não é bem recebido. Nos anos 90 grava outros discos e participa de festivais como o Hollywood Rock, onde foi uma das maiores atrações, e o Rock In Rio II,
onde levou uma vaia histórica.
Alguns discos e um acidente de moto depois, passa quatro anos sem compor, apenas estudando violão clássico, remontando à adolescência. Em 95 volta a compor e lança "Nostalgia da Modernidade". Em 1999, em mais uma atitude polêmica, Lobão brigou com as gravadoras e lançou o CD "A Vida É Doce" com uma estratégia inédita, utilizando bancas de jornais, sites da internet e megastores como pontos de venda, numerando os CDs e desvinculando o lançamento das grandes gravadoras. Entre seus maiores sucessos estão "Vida Bandida", "Vida, Louca Vida", "Chorando no Campo", "Cuidado", "Rádio Blá", "Mal Nenhum" e "Canos Silenciosos".
Em 2001, Lobão lança com sucesso o cd “Lobão 2001 – Uma Odisséia no Universo Paralelo”, juntamente com o especial do show exibido pelo canal Multishow, tornando assim a marca Universo Paralelo conhecida e reconhecida no mercado fonográfico como um dos bastiões do sucesso independente no Brasil. Volta a se destacar com agitador cultural lançando, em 2003, a revista “OUTRACOISA”, em parceria com a L&C Editora. A revista traz participações de grande artistas e pensadores de nossa cultura contemporânea e lança um artista independente a cada número.
Seu último CD, “Canções dentro da noite escura”,
lançado em 2005, também foi vendido encartado na revista OUTRACOISA.

"BLITZ"


Septeto que traçou os caminhos do rock brasileiro nos anos 80, foi formado no Rio de Janeiro em 1980. Em 1982 sai o primeiro compacto, "Você Não Soube Me Amar", um sucesso estrondoso, logo seguido pelo LP "As Aventuras da Blitz". Com um rock leve, letras bem-humoradas e performance teatral no palco, a Blitz tocou no Rock In Rio de 1985, se apresentou por todo o Brasil e no exterior e consolidou-se como fenômeno de massa. Lançaram produtos como revistas em quadrinhos e álbum de figurinha, em parte devido à sua grande popularidade entre as crianças. Depois do terceiro LP a banda se desfez, em 1986, voltando a se reunir ocasionalmente para shows ou eventos.
Fernanda Abreu seguiu uma bem-sucedida carreira solo e Evandro Mesquita se firmou como ator. Em 1995 a EMI lançou "Blitz ao Vivo" e dois anos depois alguns ex-integrantes se reuniram e gravaram o CD "Línguas". Seus integrantes eram: Evandro Mesquita, guitarra e voz; Fernanda Abreu, backing vocal; Marcia Bulcão, backing vocal; Ricardo Barreto, guitarra; Antônio Pedro Fortuna, baixo; William Forghieri, teclados; Lobão, substitído por Jubá, bateria.

" RAUL SEIXAS "


Com pouco mais de 20 anos de carreira, tendo composto e gravado dezenas de músicas que se tornaram hinos do rock nacional, Raul Seixas mantém uma imensa legião de fãs e é considerado o símbolo de toda uma geração, um dos artistas mais queridos e cultuados do Brasil até hoje, aproximadamente 18 anos após sua morte.
Nascido em Salvador, Bahia, em 1945, foi influenciado desde a sua adolescência por norte-americanos como Elvis Presley e Jerry Lee Lewis e pela música baiana de Luís Gozaga. Essa mistura cultural poderia ser facilmente percebida mais tarde, em toda a extensão de sua obra.
Criou, no início da década de 60, a sua primeira banda, Raulzito e os Panteras, que apesar de ter sido a banda de rock mais popular da Bahia na época, resultou em um grande fracasso de vendas.
Decepcionado, começou a trabalhar na CBS (atual Sony) do Rio de Janeiro, onde seria o produtor dos grandes artistas da jovem guarda como Jerry Adriani, mas foi demitido quando descobriram que, sem permissão, havia gravado o álbum
“Sociedade da Grã Ordem Kavernista Apresenta: Sessão das Dez”,
utilizando os estúdios da empresa.
Desempregado, decidiu tentar a sorte novamente como cantor e participou do FIC, Festival internacional da Canção, evento realizado pela Rede Globo, em 1972. A música “Let Me Sing Let Me Sing”, chegou até as finais e toda essa exposição na mídia, valeu-lhe a gravação do compacto “Ouro de Tolo” pela Philips,
que lançaria, no ano seguinte, o seu álbum de estréia.
Intitulado “Krig-Ha Bandolo!”, esse disco trazia letras em parceria com o esotérico Paulo Coelho e, após fundarem o movimento da Sociedade Alternativa, foram exilados para os Estados Unidos por serem considerados subversivos pelo regime militar.
Em 1974, após o lançamento do clássico “Gita”, retornou ao Brasil e acompanhou a excelente repercussão do trabalho, além de receber disco de ouro. Durante os anos 70, ainda gravou vários ‘hits’, entre eles “Carimbador Maluco”, “Há Dez Mil Anos Atrás” e “O Dia em que a Terra Parou”, mas os problemas ainda estavam por vir.
Na década de 80, Raul começou a apresentar sérios problemas de saúde, relacionados principalmente ao consumo excessivo de álcool, o que começou a prejudicar visivelmente a sua carreira. Mesmo assim, continuou gravando faixas inesquecíveis como “Metamorfose Ambulante”, “Al Capone”, “Mosca na Sopa”, “Maluco Beleza”, “Rock das Aranha”, “Plunct Plact Zum”, “Metrô Linha 743”, “Cowboy Fora da Lei”, entre outras de suma importância para a música brasileira.
Em 1988, iniciou uma parceria com Marcelo Nova, resultando no que seria o último álbum inédito do Maluco Beleza, intitulado “A Panela do Diabo”, lançado em 1989. Nesse mesmo ano, porém, Raul teve sérias complicações de saúde e veio a falecer,
em 21 de agosto, devido a uma pancreatite aguda, causada pelo álcool.
Mas o fenômeno Raul Seixas não morreu: quando hoje nos deparamos com os inúmeros fã clubes, artistas covers, regravações de suas músicas por músicos consagrados, o lançamento constante de coletâneas e o de cerca de 13 livros a respeito de sua vida e sua obra, temos a certeza de que a mensagem foi passada, a certeza da missão cumprida.
Em 2003, comemorando 30 anos do primeiro lançamento solo de Raul, chegou às lojas “Anarkilópolis”. O álbum é, na verdade, uma compilação de faixas em que grandes nomes da música tiveram participação especial como Sérgio Dias, Pepeu Gomes, Marcelo Nova e Frejat. O destaque, no entanto, ficou com a inédita “Anarkilópolis”, composta e gravada em 1984 e que é considerada a primeira versão de “Cowboy Fora da Lei”.

" KID ABELHA "


Grupo de rock que surgiu no Rio de Janeiro em 1981 com o insólito nome Kid Abelha & Os Abóboras Selvagens. Começou a se tornar conhecido em 1982 a partir de uma fita demo com "Distração", executada pela Rádio Fluminense,
emissora carioca especializada em rock.
Em seguida participaram de shows no Circo Voador e do LP "Rock Voador", uma coletânea de novos nomes do rock brasileiro. Em 1984 gravaram o primeiro LP, "Seu Espião". Desde então o grupo gravou vários outros discos,
adquirindo uma roupagem mais pop do que rock.
Com sucessivas mudanças na formação, o nome da banda passou a ser apenas Kid Abelha e atualmente é um trio, formado por Paula Toller, George Israel e Bruno Fortunato. Entre os maiores sucessos estão a balada "Como Eu Quero", "Pintura Íntima", "Amanhã É 23", "Na Rua, na Chuva, na Fazenda" (regravação da música de Hyldon),
"Lágrimas e Chuva" e "Tomate".
“Pega vida”, de 2005, é o primeiro álbum de músicas inéditas do Kid Abelha, em quatro anos, lançado após o CD “Acústico MTV”. Produzido pelo inglês Paul Ralphes, o álbum apresenta 12 faixas, assinadas por Paula Toller em parceria com Israel, com o estilo pop da banda há mais de duas décadas. A única regravação é "Será que Eu Pus um Grilo na Sua Cabeça?" de Guilherme Lamounier e Tibério Gaspar.

"BARÃO VERMELHO"



Grupo de rock fundado em 1981 no Rio de Janeiro com quatro integrantes, só no ano seguinte encontrariam o vocalista Cazuza e gravariam o primeiro LP, "Barão Vermelho", pela Som Livre, fazendo alguns shows apenas no Rio e em São Paulo.
Depois do lançamento do disco "2", que inclui a faixa "Pro Dia Nascer Feliz", vem o sucesso nacional, em 1984, com "Beth Balanço", da trilha sonora do filme de mesmo nome e presente no terceiro disco do grupo, "Maior Abandonado".
Em janeiro de 1985 participam do festival Rock In Rio e em junho é anunciada a saída do vocalista Cazuza, que parte para carreira solo, e a entrada de Fernando Magalhães e Peninha. Frejat passa a ser vocalista e o Barão assina contrato com a Warner.
Em 1990 participam do Hollywood Rock, e no mesmo ano o baixista Dé é substituído por Dadi, ex-integrante dos Novos Baianos e do A Cor do Som.
No ano seguinte ganham o prêmio Sharp de melhor grupo de rock e o
baixista Dadi é substituído por Rodrigo Santos.
Outros sucessos do Barão são "Declare Guerra", "Por Que A Gente É Assim",
"Quem Me Olha Só", "Pense e Dance", "Torre de Babel", "O Poeta Está Vivo", "Supermercados da Vida", "Malandragem Dá um Tempo" e "Puro Êxtase".
Seus integrantes são: Roberto Frejat, guitarra e voz; Guto Goffi, bateria; Rodrigo Santos, substituindo Dadi, baixo; Maurício Barros, teclados; Peninha, percussão; Fernando Magalhães, guitarra; e até o ano de 1985 Cazuza, voz

Em 2001, depois de mais uma apresentação surpreendente no Rock in Rio 3 –
Por um Mundo Melhor, o Barão Vermelho faz uma pausa para seus integrantes desenvolverem projetos paralelos.
Em 2004 eles lançaram “Barão Vermelho”, que mostra sucessos do início de carreira.
Em agosto de 2005, o Barão Vermelho grava no palco do Circo o seu primeiro DVD, dentro do projeto MTV ao Vivo.
O elemento surpresa do Barão MTV ao Vivo fica por conta da dobradinha virtual, entre Cazuza e Frejat – este interpretando pela primeira vez - na canção “Codinome Beija-Flor”, de Cazuza e Ezequiel Neves. O álbum duplo faz uma retrospectiva de 23 anos de carreira da banda com repertório dos 12 discos de estúdio lançados desde 1982 e do ao vivo "Balada MTV".

" PLEBE RUDE "


Banda de rock formada em 1981 em Brasília (Phillipe Seabra, guitarra e voz; Jander Ribeiro, guitarra; André X, baixo; Gultje, bateria), começou se destacando no meio punk-rock por volta de 1982, em uma época em que a efervescência roqueira da capital federal era grande.

Mais tarde foram para São Paulo, onde tocaram com Ira e para o Rio, onde dividiram palco com Paralamas do Sucesso e Legião Urbana. O primeiro álbum, o mini LP "O Concreto Já Rachou", de 1986, lançou a banda com sucesso. Incluía as faixas "Até Quando Esperar", "Proteção" e "Johnny Vai à Guerra". Depois de mais dois discos lançados nos anos 80 ("Nunca Fomos Tão Brasileiros" e "Plebe Rude III"), separaram-se por um tempo e voltaram a tocar juntos na década de 90, quando os três primeiros discos foram relançados em CD, numa caixa intitulada "Portfolio".
Em 2000 lançam "Enquanto a Trégua Não Vem" um CD ao vivo com músicas inéditas e velhos sucessos. Neste ano, a Plebe Rude, conforme prometido naquela volta temporária, lançou o CD em várias capitais e se juntou poucas vezes ao ano para shows esporádicos.
Mas só em 2003 que Philippe Seabra e André X, fundadores da Plebe Rude, resolveram que era a hora da banda voltar de vez. Em 2004 chamaram o Clemente - vocalista e guitarrista da banda irmã da Plebe em SP, Os Inocentes - e o baterista de Brasília, o ex-Maskavo Txotxa. O novo disco, intitulado "R ao contrário",
está em fase de finalização.

" IRA ! "



Representante autêntico do rock paulista, o Ira! foi formado por volta de 1980 por amantes de punk rock que freqüentavam shows na periferia de São Paulo (Edgard Scandurra, guitarra; Dino, substituído por Ricardo Gaspa, baixo; Nasi, voz; Charles Gavin, substituído por André Jung, bateria).
O nome vem do Exército Republicano Irlandês (em inglês, Irish Republican Army). O primeiro compacto foi gravado pela Warner em 1983 com as músicas "Gritos na Multidão" e "Pobre Paulista", o primeiro sucesso da banda.
Dois anos depois surge o primeiro LP, "Mudança de Comportamento", que não teve vendas espetaculares como o seguinte, "Vivendo e Não Aprendendo", que trazia o hit "Envelheço na Cidade".
A consagração nacional veio com "Flores em Você", tema de abertura da novela "O Outro", da TV Globo. Nos anos seguintes o Ira! passou por altos e baixos, destacando-se a apresentação do Holywood Rock de 1988.
Nos anos 90 gravaram outros discos e Edgard Scandurra também lançou discos solo. Em 1998, foram contratados pela abril Music, voltando às paradas com os discos "Isso É amor" e "MTV Ao Vivo".



Em 2001, se apresentaram com grande sucesso no palco principal do Rock in Rio III.
Ira! Acústico MTV, lançado em 2004, marca o retorno da banda, depois de um ano sem contrato com gravadoras. O álbum traz os sucessos "Flores Em Você", "Núcleo Base" e "Dias de Luta", além de faixas inéditas, com participações especiais de Samuel Rosa, Pitty e Paralamas.

"PARALAMAS DO SUCESSO"



Um dos mais tradicionais grupos de rock brasileiro em atividade, os Paralamas do Sucesso começaram a tocar juntos no começo dos anos 80 em Brasília. Logo o baterista Vital saiu da banda, virou tema de uma música e foi substituído por João Barone, no trio básico ao lado de Herbert Vianna (guitarra e voz) e Bi Ribeiro (baixo). Essa formação mantém-se estável há cerca de vinte anos.
Já no Rio de Janeiro, gravaram uma fita demo e mandaram para a Rádio Fluminense, que, em busca de novos grupos de rock, divulgou as músicas da fita, transformando "Vital e sua Moto" no primeiro sucesso do grupo. O primeiro disco, "Cinema Mudo", saiu pela EMI em 1983 e teve razoável êxito.
A consagração veio com o segundo, "O Passo do Lui", de 1984, que incluía alguns dos maiores sucessos da banda: "Óculos", "Meu Erro", "Ska" e "Romance Ideal", todas de autoria de Herbert Vianna. No ano seguinte, o terceiro LP, "Selvagem?" teve mais de 700 mil cópias vendidas e emplacou duas das músicas mais tocadas no ano: "Alagados" e "Melô do Marinheiro", que começou a indicar a pioneira mescla com MPB, que se intensificaria nos discos seguintes.
A banda manteve uma produção constante de discos e sucessos, suscitando algumas polêmicas como a música "Luís Inácio (300 Picaretas)", que criticava o Congresso Nacional. Outros sucessos são "A Novidade", "Cinema Mudo", "Fui Eu", "Lourinha Bombril", "O Beco", "Vamo Batê Lata" e as baladas "Lanterna dos Afogados" e "Quase Um Segundo". Se apresentaram em festivais europeus e são uma das bandas mais populares na Argentina.
Em 2001, já se preparando para gravar um novo disco, Herbet Vianna sofre um trágico acidente. A queda do ultraleve na baía de Angra dos Reis quando ele estava a caminho da casa de Dado Villa Lobos matou sua mulher, Lucy Needham Vianna e o deixou entre a vida e a morte.
O cantor passou por um longo período de internação. Depois de sua saída do hospital, foi travada uma difícil jornada de recuperação devido às seqüelas do acidente: Herbert estava numa cadeira de rodas e ainda não havia recuperado plenamente as funções cerebrais. Felizmente isso não o incapacitou para a música e já em outubro de 2002, ensaios com a banda completa se realizavam no estúdio de sua casa. O resultado foi tão bom que levou gradualmente ao CD “Longo Caminho”, lançado pela EMI Music, com repertório composto antes do acidente.
De volta à estrada, em 2004, os Paralamas fazem um registro do show dos três integrantes com seus convidados especiais. O resultado foi o projeto "Uns dias", que foi lançado simultaneamente em quatro formatos: CD (14 músicas), CD duplo (26 músicas), DVD (com as 26, mais uma penca de extras) e CD/DVD.
Hoje é primeiro disco com músicas compostas pelo grupo após o acidente de Herbert Vianna, já que o repertório de “Longo Caminho” já estava composto antes do desastre. O álbum traz 13 faixas completamente inéditas, com as participações de Nando Reis, Andeas Kisser, Manu Chao, Marcelinho da Lua e Apollo 9.
Desse disco nasce, em 2006, o DVD “Hoje” cujo repertório é composto de todas as músicas do CD Hoje, além de duas músicas adicionais: "Busca Vida" e "O Muro", ambas com novos arranjos, que foram incluídas na nova turnê. Nos extras, um making of da gravação do CD, o encontro com Manu Chao para gravar "Soledad Cidadão", além dos clipes de "Na Pista" e "De Perto".

"TITÃS"




Banda de rock formada em São Paulo no início dos anos 80 com o nome Titãs do Iê-Iê-Iê, consolidou-se como uma das mais importantes e criativas do rock brasileiro.
O primeiro disco saiu em 1984, e teve um grande sucesso: "Sonífera Ilha".
O segundo seguiu a mesma linha pop, emplacando "Insensível".
Nos discos seguintes criaram um estilo próprio mesclando elementos de rock'n'roll, punk, hard rock, pop, jovem guarda. "Cabeça Dinossauro", de 1986, considerado um disco básico do BRock, com "AA UU", "Igreja", "Polícia", "Cabeça Dinossauro" e "Bichos Escrotos".

Em seguida, "Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas" corroborou a permanência da banda no cenário roqueiro brasileiro, emplacando diversos hits: "Comida", "Diversão", "Desordem", "Lugar Nenhum". O quinto disco da banda, "Go Back", foi gravado ao vivo no festival de Montreux, na Suíça, e deu início à carreira internacional.
Em "Õ Blésq Blom", ao mesmo tempo em que se pode detectar um começo de experimentalismo, como "O Pulso" e "O Camelo e o Dromedário", há a continuação da trajetória rock, um pouco menos pesada, com "Miséria" e "Flores".
"Tudo ao Mesmo Tempo Agora", de 1991, é o último disco que conta
com Arnaldo Antunes, que saiu em carreira solo.
O disco seguinte, "Titanomaquia", revela uma influência grunge na banda, emplacando poucos sucessos. "Domingo" (1995) é a adesão do Titãs ao pop dos anos 90,
o que só se confirma com o super sucesso de vendas que aconteceu com o CD
"Acústico MTV", com versões não amplificadas dos grandes sucessos "Go Back", "Comida", "Família", "O Pulso", "Marvin" e outros.
A banda fez mais de 300 shows pelo Brasil acompanhados de orquestra
para divulgar o acustústico.
O sucesso foi tão grande que os Titãs decidiram repetir a dose no álbum seguinte. "Volume 2", lançado em outubro de 1998, trazia mais músicas antigas
com arranjos acústicos.
Em 2001, as vésperas da gravação do álbum
“A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana”,
o Titãs perdeu o guitarrista Marcelo Fromer, atropelado por uma moto, em São Paulo. Apesar da tragédia, o grupo resolveu continuar com as gravações do disco.
O trabalho, o primeiro pela nova gravadora, a Abril Music, teve boa aceitação e emplacou o sucesso “Epitáfio”.
Durante a turnê de “A melhor Banda”, em 2002, um outro desfalque.
Nando Reis resolveu deixar o grupo para se dedicar exclusivamente à sua carreira solo. Em 2003, os Titãs lançam seu 14º CD, "Como estão vocês?", um retorno ao rock n’roll que contou com a produção de Liminha. No álbum, os cinco remanescentes –





Paulo Miklos, Toni Belotto, Branco Mello, Sérgio Britto e Charles Gavin –
resgatam a questão da crítica social, deixada de lado por uns tempos pela banda,
sem esquecer da homenagem póstuma a Frommer, que encerra o disco.
O mais recente lançamento dos Titãs foi o “MTV Ao Vivo”, de 2005.
Gravado em Florianópolis, na Fortaleza São José da Ponta Grossa, o disco trás versões ao vivo de antigos sucessos da banda e as inéditas “Vossa Excelência” e
“O inferno são os outros”. Em março de 2006, o grupo abriu o show dos Rolling Stones no Rio de Janeiro, tocando para 1,5 milhão de pessoas na praia de Copacabana.

" CAPITAL INICIAL "



Tudo começou quando a banda ABORTO ELÉTRICO dissolveu-se por causa de uma briga
entre Fê Lemos e Renato Russo.
A discussão aconteceu por causa de uma musica: Química;
se ela entraria no CD da banda ou não.
Renato Russo (vocal) foi fazer suas experiências musicais.
O resultado foi a Legião Urbana.
Fê e Flávio Lemos (ex-aborto elétrico) juntaram-se ao guitarrista Loro Jones e formaram o Capital Inicial.
Mas nenhum dos três tinha voz para substituir a de Renato Russo.
E a nova banda precisava de um vocalista.
Foi ai que eles lembraram de um garoto que vivia nos ensaios da Aborto Elétrico.
Esse garoto era Dinho Ouro Preto.

Nessa época as bandas de Brasília começaram a se profissionalizar, quem ganhou a corrida foi a Legião Urbana (que gravou seu primeiro disco em 1984). O Capital Inicial só veio 2 anos depois com 3 musicas do antigo repertório da Aborto Elétrico: Fátima, Musica Urbana e Veraneio Vascaína. Todas de forte pegada política. As 3 musicas entraram no primeiro CD do Capital Inicial, que foi censurado com a tarja: PROIBIDO PARA MENORES DE 18 ANOS. Por causa disso, os menores de 18 anos ficaram curiosissímos com o som do grupo.
O primeiro disco do Capital, já pela Polygram, saiu em 1986 e foi muito bem de críticas. São músicas desse álbum: "Música Urbana", "Psicopata", "Fátima", "Veraneio Vascaína" e "Leve Desespero", entre outras. O sucesso fez com que a banda ganhasse seu primeiro Disco de Ouro.
O segundo disco dos caras, “Independência” , saiu em 1987, com um integrante a mais no grupo: Bozzo Barretti. Com músicas como “Prova”, “Independências” e a regravação de “Descendo o Rio Nilo”, também foi bem sucedido e ganhou um Disco de Ouro.

"Você Não Precisa Entender" chegou às lojas de todo o país em 1988, com mais sucessos: "A Portas Fechadas", "Pedra na Mão" e "Fogo".
1989 marca o lançamento do disco "Todos os Lados", com destaque para as faixas "Todos os Lados", "Mickey Mouse em Moscou" e "Belos e Malditos".Em 1990, a banda se apresentou no Hollywood Rock, realizado em São Paulo e no Rio de Janeiro.



Em 1991, saiu "Eletricidade". O álbum, lançado pela BMG, trazia uma versão para "The Passenger", de Iggy Pop, batizada de "O Passageiro", e composições como "Kamikaze" e "Todas as Noites". Neste mesmo ano, a banda tocou na segunda edição do festival Rock in Rio.
Em 1992, Bozzo Barretti deixou o grupo, e em 1993, divergências musicais e pessoais levaram o vocalista Dinho Ouro Preto a seguir carreira solo. Murilo Lima (Ex-banda Rúcula) assumiu os vocais e a banda lançou os discos “Rua 47”, em 1994, e “Ao Vivo”, em 1996.
O grupo quase acabou após a saída de Dinho. Nessa fase, a vida pessoal do cantor também ia por água abaixo. Ele foi fundo nas drogas e se atirou de cabeça na noite. Até hoje Dinho acha que as drogas deveriam ser legalizadas. É a favor de todos os prazeres, mas acha que o exagero é mortal.
Nos anos seguintes, pouco se ouviu falar do Capital Inicial. Muitos até hoje pensam que a banda tinha acabado, mas a verdade é que o grupo nunca parou de fazer shows, mesmo sem Dinho nos vocais.
Em 1998, os quatro integrantes originais da banda resolvem se juntar e levantar a moral do Capital. Saiu o CD “ O Melhor do Capital Inicial” . Dinho Ouro Preto, Loro Jones, Fê e Flávio Lemos voltaram à estrada com um novo show, uma comemoração aos 15 anos da banda e aos 20 anos do nascimento do rock candango. O repertório trazia sucessos, faixas pouco conhecidas e composições de bandas que fizeram parte da cena de Brasília nos anos 80, como Plebe Rude e Legião Urbana. Com este projeto surgiu a idéia de organizar uma pequena turnê para os velhos fãs.

Mas a resposta do público à volta da formação original do grupo brasiliense surpreendeu até ao quarteto, que passou a ponderar a possibilidade de lançar um disco ao vivo. Sabiamente, driblaram o óbvio em favor de um disco de músicas inéditas, que acabou resultando em um dos dois melhores álbuns de sua carreira, o aclamado Atrás dos Olhos, lançado pela Abril Music em outubro de 1998.
Dois anos depois da volta, com o convite para participar do programa Acústico, da MTV, o Capital Inicial aproveitou oportunidade para rever todos os seus grandes "hit singles" para um público absolutamente novo e interessado na história de uma das protagonistas do famoso movimento do rock brasileiro dos anos 80. Assim, os quatro veteranos (mais o fiel "quinto capital", o tecladista Aislam Gomes) passaram a trabalhar, lenta e cuidadosamente, sobre um repertório que abrangesse desde seu primeiro compacto, lançado em 1985, até os hits de Atrás dos Olhos. Surpresa e alívio foi notar que muitas das músicas mais famosas do grupo, como "Fogo" e "Cai a Noite", há muito não faziam mais parte de seu repertório de shows, numa prova de que, ao contrário de muitos de seus contemporâneos, o Capital Inicial não dependia de seus feitos passados para nada.
Claro que a lógica formal não substitui o prazer de ouvir aqueles grandes clássicos que fizeram dos anos 80. "Leve Desespero", veio do primeiro single da banda, Descendo o Rio Nilo, lançado em 1985, pela CBS; "Música Urbana", "Veraneio Vascaína" e "Fátima", do primeiro LP, Capital Inicial, lançado pela Polygram em 1986; "Independência", é do disco homônimo, de 1987; "Fogo" é de Você Não Precisa Entender, de 1988; "O Passageiro", "Cai a Noite" e "Todas as Noites" são de Eletricidade (BMG), de 1991; "O Mundo" e "Eu Vou Estar" são de Atrás dos Olhos (Abril Music), de 1998.
Além dos hits, a banda inclui duas novas composições no repertório: "Natasha" (uma espécie de "She's Leaving Home" Beatles - para a geração raver) e "Tudo Que Vai", um hit instantâneo que já faz sua carreira nas rádios de todo o país. Aproveitando a participação de Kiko no palco, tocando violão, o especial que vai ao ar pela MTV no dia 26 de maio.
Sem orquestra, sem arranjos de cordas, sem entra-e-sai de convidados (com exceção da também brasiliense Zélia Duncan, que divide o microfone com seu ex-colega de colégio, Dinho Ouro Preto, na balada "Eu Vou Estar"), a banda optou por um acertado clima intimista, cujo resultado salta aos ouvidos aos primeiros acordes de "O Passageiro". Nada de arranjos "adultos" e "MPBizados" das canções, os velhos amigos de Brasília fazendo o que sempre fizeram apenas desplugando seu pós-punk e esbanjando segurança e personalidade.
Em 2001 lançam o CD "Elétrico" que não fez tanto sucesso quanto o Acústico MTV.
Sem perder o fôlego, em 2002 lançam o CD "Rosas e Vinho Tinto" o primeiro trabalho sem a participação de Loro Jones, que resolveu deixar a banda. No seu lugar entra Ives Passarell, ex-guitarrista da banda Viper, que dá novo gás a banda, tanto que
Em 2002 o Capital Inicial anunciou a saída do guitarrista Loro Jones e a entrada de Yves Passarell (ex-Viper). Loro deixou a banda amigavelmente. Ele estava sentindo falta da família durante as longas turnês e optou por ficar o tempo todo com ela. Yves é amigo de longa data dos caras da banda e chegou até a tocar no Capital no período em que o Dinho se afastou. Junto com a notícia da nova formação da banda, veio o novo CD, "Rosas e Vinho Tinto", este CD é disco de Ouro e já criou os hits "À Sua Maneira" , "Quatro Vezes Você" e "Mais".
Em 2007 marca o lançamento do 14° álbum de inéditas do Capital Inicial, “Eu Nunca Disse Adeus” é o sucessor de “Gigante”, que foi lançado em 2004. A produção do novo CD ficou mais uma vez a cargo de Marcelo Sussekind. A faixa “Eu Nunca Disse Adeus” foi escolhida para ser o primeiro single, foi lançada nas rádio dia 28 de fevereiro e já tem um videoclipe pronto, gravado na Casa Das Caldeiras, em São Paulo, sob a direção de Maurício Eça....

" LEGIÃO URBANA "


Legião Urbana foi uma banda brasileira de rock das mais influentes na década de 80, juntamente com o Titãs, Os Paralamas do Sucesso e o Barão Vermelho. Surgiu em Brasília e sua formação inicial era: Renato Russo (líder, vocalista e baixista da banda), Marcelo Bonfá, Dado Villa-Lobos e Renato Rocha. Após o disco (Dois), Renato Rocha deixou a banda, que continuo com a mesma formação até o fim da banda em 1996 com a morte de Renato Russo, vitimado pela AIDS. A Legião Urbana gravou várias músicas de sucesso, como "Será", "Ainda é cedo", "Há Tempos", "Perfeição", "Que País é Esse", entre outras, a maioria composta por Renato Russo. Confira abaixo os verdadeiros clássicos da música brasileira nos anos 80, letras que motivavam toda uma geração...


O grupo Legião Urbana foi formado em 1983 após a separação do grupo punk Aborto Elétrico, formado por Renato Russo em 1978 e que ainda contava com Fê Lemos (Capital Inicial),André Pretórius, Ico Ouro Preto e Flávio Lemos (Capital Inicial). Nesse meio tempo, pós Aborto e antes de formar a Legião, Renato fez várias canções como cantor solo, que mais tarde se tornariam grandes sucessos da Legião. A primeira formação da Legião foi com Renato Russo (baixo,vocais), Marcelo Bonfá (bateria), Eduardo Paraná (guitarra) e Paulo Paulista (teclados).

Em meados de 1983,saíram Eduardo Paraná e Paulo Paulista. Ico Ouro Preto que já havia tocado com Renato, assumiu a guitarra por um certo tempo e foi substituído por Dado Villa-Lobos em 83. A banda começa então a tocar em festivais fora de Brasília e um dos lugares que deu maior projeção ao grupo foi o Circo Voador , no Rio de Janeiro. Nesses shows, o set list era composto por muitas músicas da época do Aborto Elétrico, como ''Que País é Este" , "Geração Coca-Cola", "Química" etc.

Herbert Vianna, amigo de Renato Russo, havia conseguido um contrato com a EMI no fim de 83 com o seu grupo, o Paralamas do Sucesso, e no álbum "Cinema Mudo", grava a música "Química", da Legião. O diretor artístico da gravadora, Jorge Davidson se interessou pela canção e pediu a Vianna que chamasse Renato para uma conversa. No fim do ano eles gravam a primeira demo, no Rio de Janeiro.

Sai então o primeiro LP Legião Urbana pela EMI-ODEON que já trazia sucessos como "Será", "Ainda É Cedo" e "Geração Coca-Cola". Os shows ficaram famosos por terem um comportamento totalmente anti-pop e pela postura de Renato que não permitia "bagunça" durante as apresentações. Após o álbum "DOIS", o mais vendido de toda a carreira, a Legião quase terminou pois Russo já estava irritado com os objetos que eram atirados no palco e todos os integrantes estavam estressados com as turnês. Quando essa fase difícil passou, a banda começou a trabalhar no repertório do terceiro disco "Que País é Este".

Esse álbum rendeu a eles a consolidação da banda no Rock Nacional mas também trouxe a banda complicações como o tumulto em um show em Brasília, em junho de 1988. A partir daí, inicia-se uma nova fase para a banda. Com a saída de Renato Rocha, Renato e Dado revezam-se no baixo na gravação do próximo trabalho em estúdio, intitulado "As Quatro Estações" de 1989. As letras, além das críticas sociais, tratam de AIDS, romantismo e homossexualismo.




No final de 1990,Renato Russo, que passava por diversos problemas de saúde devido a dependência alcoólica, descobre que é soropositivo, interrompendo assim a turnê. Após essa pausa, é lançado no final de 1991, o álbum "V" (cinco) , com uma temática mais pessimista e temas como drogas e a crise do país. Em janeiro de 1992,o grupo grava o Acústico MTV.
A turnê desse álbum foi interrompida em setembro de 1992 por novas complicações de saúde de Russo. Parte do material ao vivo da banda entrou para a coletânea "Música Para Acampamento" lançada ainda em 1992. No início de 1993,Renato começa um tratamento intensivo contra a dependência química e em dezembro de 1993,é lançado o álbum "O Descobrimento do Brasil" trazendo um som mais diversificado com a inclusão de instrumentos novos como o bandolim, cítara e o dobro.

Logo após esse disco, Renato grava um álbum solo. Já de volta ao Legião, começa a compor as letras para o próximo álbum, mas sente-se cada vez mais enfraquecido devido a sua doença. Seu estado de saúde piora muito durante as gravações, atrasando muito o lançamento do disco. Em 21 de setembro de 1996,sai o último álbum da banda "A Tempestade (ou o Livro dos Dias), e Renato se isola em seu apartamento, dando apenas algumas raras entrevistas.

No dia 11 de outubro de 1996, Renato vem a falecer. Segundo a versão dos médicos e da imprensa, vítima de AIDS. O fim da Legião Urbana é então anunciado dia 22 de outubro pelos parceiros Dado e Marcelo acompanhados do empresário da banda, Rafael Borges. Depois disso ainda foi lançada a coletânea "Mais do Mesmo", "Acústico MTV" e o duplo ao vivo "Como é Que Se Diz Eu Te Amo", registrado ma turnê de "O Descobrimento do Brasil", em 1994, no Rio de Janeiro.