domingo, 16 de outubro de 2011

"VALERIA & ALMA DE BORRACHA"



Grupo pop formado por Valéria Barreto (voz), Rafael Prista (guitarra e vocais), Ernesto Rios (baixo e vocais) e Romney Gomes (bateria) na cidade do Rio de Janeiro em 1984. Seguia a tendência new wave em voga naquele momento. No mesmo ano, assinou com a Barclay, selo pelo qual lançou um compacto simples com as músicas "Feche os olhos" e "baby, meu bem". No ano seguinte, pela mesma gravadora gravou outro compacto simples "Tente tudo". Neste mesmo ano, pela mesma gravadora, lançou o LP "Valéria & Alma de Borracha". O conjunto contava também com as participações especiais de Elias Mizrahi nos teclados e Cláudia Diniz no vocal.
O grupo encerrou as atividades em meados dos anos 80.
Valéria Barreto dedicou-se à outra atividade não musical, Ernesto Rios continuou a careira de músico e compositor e Rafael Prista continuou atuando como compositor, produtor, guitarrista e cantor, tendo feito parte das bandas de apoio dos Golden Boys, Joanna, Antônio Carlos e Jocafi, entre outros artistas. Lançoui um disco de New Age Brasileira pela Movie Play intitulado "Rituais", no qual fez parte da dupla Sacra Ânima, juntamente com Pedro de S'Aint Germain e ainda fez
parte da banda carioca Soul.Rio.

Discografia

(1985) Tente tudo • Barclay • Compacto simples
(1985) Valéria & Alma De Borracha • Barclay • LP
(1984) Feche os olhos/Baby, meu bem • Barclay • Compacto simples

"ROSA TATTOOADA"


Rosa Tattooada é uma banda brasileira de hard rock formada em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, em meados de 1988, influenciada principalmente por artistas do mesmo estilo, tais como AC/DC, KISS, Guns N' Roses, Mötley Crüe, entre outros. Quanda a banda começou, esse estilo ainda estava em alta praticamente no mundo inteiro. A formação original surgiu da associação de dois ex-roadies da banda Os Cascavelletes - o vocal/guitarrista Jacques Maciel e o baterista Beat Barea, irmão de Alexandre Barea - e dois outros integrantes, Paulo Cássio (guitarra) e Eduardo Rod (baixo).
A banda fez grande sucesso no cenário do rock gaúcho do início dos anos 90, realizando shows invariavelmente lotados, no quais era predominante o público adolescente feminino. Na capital, os shows frequentemente aconteciam no bar
Porto de Elis.
O primeiro álbum, Rosa Tattooada, foi lançado em 1990 pela gravadora Nova Idéia, e produzido por Thedy Corrêa, líder da banda Nenhum de Nós. Emplacaram sucessos como "O Inferno Vai Ter que Esperar" - por muito tempo em primeiro lugar na programação das rádios FM gaúchas - e Tardes de Outuno. Pouco depois, a banda foi convidada a abrir os três shows da banda Guns N' Roses no Brasil. Em 1992 a Rosa Tattooada assinava contrato com a Sony Music, pela qual regravou o primeiro álbum com lançamento e distribuição nacionais.
Naquela mesma época, porém, em muito devido à influência da MTV estadunidense, que passou a sistematicamente ridicularizar e marginalizar artistas do gênero, o glam rock/metal entrou em declínio, cedendo a vez inicialmente ao funk metal e posteriormente ao grunge. Com isso, a atenção do público se desviou e várias bandas de hard rock se desfizeram.
Em 1994 a banda novamente trocou de gravadora, mudando-se para a Paradoxx Music e lançando Devotion, que se diferencia do trabalho anterior pelas canções em inglês. Com ele não conseguiram, porém, obter o sucesso alcançado pelo primeiro álbum, o que pode estar relacionado também ao surgimento da onda grunge. Especula-se que a Rosa Tattooada tenha tentado adaptar sua sonoridade ao novo estilo, desvirtuando-se de suas origens. A consequência foi a separação.
Retornando em 2000 com um power trio formado por Jacques Maciel (vocal/guitarra), seu irmão Rodrigo Maciel (baixo) e Beat Barea, a banda volta à ativa e lança o álbum Carburador pela gravadora Antídoto.
Dois anos depois, em 2003, lançam mais um álbum, Hard Rock DeLuxe, em comemoração aos 15 anos da banda, com produção de Vini Tonello, que havia participado da gravação do álbum anterior e na época já integrava o grupo como tecladista convidado.
Em 2006, o Rosa Tattooada lançou seu trabalho mais recente, Rendez-Vous, produzido pelo baterista Beat Barea.
Em junho de 2008, gravam a primeira parte de seu primeiro DVD ao vivo, registrado no Opinião, famosa casa noturna porto-alegrense.
Exatamente um ano mais tarde, em junho de 2009, a banda anuncia sua terceira formação, com a saída do tecladista Vini Tonello. Valdi Dalla Rosa, ex-integrante do projeto paralelo de Jacques Maciel, Jacques Maciel e os Esqueletos, assume o baixo, e com Martin De Andrade, antigo amigo da banda, inicialmente cotado para integrar os Esqueletos, volta a ter duas guitarras. O quarteto então grava uma nova música, "Rock 'N' Roll Até Morrer", que é lançada no MySpace oficial da banda e disponibilizada para download, e faz 15 shows no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
Em março de 2010 a banda fecha um contrato para abrir o show do Guns 'N' Roses em Porto Alegre, juntamente com outra banda gaúcha, Tequila Baby. Porém, após atrasos, a produção decide anunciar ao público que os shows locais estão cancelados. Martin De Andrade então deixa o local. Mesmo assim, poucos minutos antes da meia-noite, a banda é reconvocada a se apresentar, e o faz sem o guitarrista, irritando o público e sendo vaiada, e além de tudo recebendo críticas da imprensa gaúcha. A ausência do guitarrista não é devidamente esclarecida ao público, e De Andrade então resolve postar explicações pessoais na comunidade da banda no site de relacionamentos Orkut, mas é censurado por ordem de Beat Barea. Indignado com a atitude do colega, De Andrade anuncia sua saída da banda, voltando a postar na mesma comunidade do Orkut, dessa vez uma longa "carta aberta" dirigida aos fãs, em que revela detalhes do desentendimento e recebe o apoio de várias pessoas. A banda não o contradita e limita-se a informar, em nota oficial, que segue como trio, sendo esta sua quarta e mais recente formação.
Em junho de 2011 a banda é uma das atrações do projeto Discografia do Rock Gaúcho, pela Olele Music, onde tocam o seu segundo álbum Carburador.
Também em junho, a banda lançará o DVD ao vivo no Opinião.

Integrantes

Jacques Maciel - Vocal/guitarra
Valdi Dalla Rosa - Baixo
Beat Barea - bateria

Ex-integrantes

Paulo Cássio - Guitarra (Atualmente na banda Jungle Junkies)
Eduardo Rod - Baixo
Cleo Baggio - Baixo
Rodrigo Maciel - Baixo
Vini Tonello - Teclados
Martin De Andrade - Guitarra



Discografia

(1990) - Rosa Tattooada
(1992) - Rosa Tattooada (relançamento)
(1994) - Devotion
(2001) - Carburador
(2003) - Hard Rock DeLuxe
(2006) - Rendez-Vou

DVD

(2011) - Rosa Tattoada - Ao Vivo no Bar Opinião

"AKIRA S & AS GAROTAS QUE ERRARAM"



O Akira S & as Garotas Que Erraram foi formado em 1984, na terceira geração do fértil cenário pós-punk paulistano, pelo baixista e compositor eletrônico Akira S e o letrista, vocalista e agitador Pedreira Antunes (AKA Lex Lilith, Alex Antunes).
Após um breve período de sectarismo anti-guitarrístico (quando chegou a ter dois baixos, além de teclados e percussões acústicas e eletrônicas), a banda partiu para um flerte decidido com as cordas dos Voluntários da Pátria, nas guitarras de Miguel Barella e Giuseppe “Frippi” Lenti.

Lenti foi membro oficial da banda, durante o período que marcou a gravação do (único) álbum homônimo do grupo (em 1987), que permanece inédito em CD. E ambos estiveram presentes em várias apresentações e gravações, inclusive no primeiro registro fonográfico da banda no LP Não São Paulo I de 1985. O underhit Sobre as Pernas, conta com participações especiais de André Jung (Ira!) na percussão e do alemão Holger Czukay (membro do Can, em visita a São Paulo e recrutado por Barella para a gravação).

Na verdade, o trabalho de entrosamento e pesquisa de timbres e de texturas desenvolvido por “Frippi” e Barella foi freqüentemente um trunfo nos arranjos marcadamente experimentais do Akira S, e nos climas estranhos pretendidos pelo grupo. Nessas gravações, vários efeitos e equipamentos foram usados de maneira sugestiva e intensiva, como o e-bow e o guitar-synth. Correspondentemente, o baixo de Akira e a bateria de Edson X, ambos da formação clássica do Akira S & as Garotas Que Erraram, formaram uma eficiente cozinha para os Voluntários nos anos de 1985 e 1986.

Na última e breve formação do Akira S nessa fase inicial, o guitarrista Nelson Coelho (ex Zero, Dialect) e o baterista Victor Leite (ex Muzak e outros) substituiram respectivamente Giuseppe e Edson X. Inúmeros outros projetos e sessões ao longo da segunda metade da década de 80 reuniram, alternadamente, Akira, Pedreira, Barella e Giuseppe.
Nos anos 00, a banda passou por um ressurgimento, com faixas incluidas nas coletâneas européias The Sexual Life of the Savages (Soul Jazz, Inglaterra, 2005) e Não Wave (Man Recordings, Alemanha, 2005), que receberam críticas bastante favoráveis em revistas e sites como Mojo, Uncut, Wire, Pitchfork, Village Voice, Der Spiegel e TimeOut. Nesse mesmo ano e em 2006, o Akira S se reuniu para algumas apresentações em São Paulo, com os quatro citados acima e convidados como Fê Pinatti (Bojo), João Parahyba (Trio Mocotó) e Fábio Golfetti (Violeta de Outono).

sábado, 15 de outubro de 2011

"A GOTA SUSPENSA"



"Grupo brasileiro (e paulista, apesar dos nomes) dos anos 80,
A Gota Suspensa lançou um único LP independente, mesclando algumas faixas
new-wave com ótimas composições progressivas, antes de virar o pop-wave Metrô, responsável por alguns hits de FM na época. Como Metrô, lançariam "Olhar", em 1985, e depois da saída de Virginie em 1986, "A Mão de Mao".(ERP)

Músicos:

Virginie - vocal
Yann Laouenan - piano, teclados
Alec Haiat - guitarra e violão
Dany Roland - bateria
Marcel Zimberg - saxofone e flauta

Discografia:

A Gota Suspensa - 1984 - Underground Discos

"DEFALLA"



DeFalla é uma banda brasileira de rock and roll formada em Porto Alegre, RS em 1984. Diz-se que foi assim batizada em homenagem ao compositor espanhol erudito Manuel de Falla (1876-1946), mas tendo em vista o senso de humor do líder Edu K e a influência direta de pós-punk do início da banda, tudo aponta para que DeFalla seja um trocadilho com a banda de Manchester The Fall. Com influências também de hard rock, rap, glam rock, heavy metal e, mais tarde, flertando com big beat, funk carioca, hardcore melódico e miami bass. A banda ficou reconhecida pelas irreverentes mudanças em suas formações, seu estilo musical e sua apresentação estética. Inseriu-se no cenário do rock inicialmente no circuito alternativo de Porto Alegre e mais tarde em São Paulo e Rio de Janeiro, sendo famosas as apresentações no Circo Voador, RJ na década de 1990, onde influenciou e abriu espaço a uma geração de músicos e bandas como Pavilhão 9, Ultramen, Nação Zumbi, Pato Fu, Mamonas Assassinas, Planet Hemp e Marcelo D2.

A primeira formação do DeFalla contava com Carlo Pianta (baixo, embora seja guitarrista na Graforréia Xilarmônica), Edu K (vocal e guitarra), Biba Meira (bateria) e foi responsável pela gravação de no mínimo duas demos e uma participação na coletânea gaúcha Rock Grande do Sul (1986). Pianta deixaria o grupo pouco antes da gravação do primeiro disco, abrindo espaço para Castor Daudt (guitarra) e Flu (baixo), ambos da extinta banda Urubu-rei (do atual produtor musical Miranda, que também contava com a Biba Meira).
Pelo selo Plug são gravados os discos DeFalla (1987) e DeFalla (volume 2) (1988), quando Biba Meira deixa o grupo cedendo a bateria ao então guitarrista Castor Daudt, e Marcelo Truda (ex-Taranatiriça, banda na qual Flu e Miranda já haviam participado) assume as guitarras ao lado de Edu K, gravando o ao vivo Screw You! (1989) pela Devil Discos.
O único clipe desta fase Screw You! foi filmado ainda com a baterista Biba em 1989. Estranhamente a música faz parte somente do terceiro disco, o primeiro sem ela. A versão final do vídeo só foi ao ar em 1991, devido a dificuldades de edição.

Cogumelo Records e Hollywood Rock 93

As mudanças musicais tornam-se evidentes com a guinada hard rock/heavy metal de Screw You!; em 1990 o DeFalla gravaria We Give a Shit pela Cogumelo Records (importante selo de heavy metal responsável pelos primeiros discos do Sepultura), com sonoridade semelhante à bandas como Anthrax e Suicidal Tendencies.
Ainda pela Cogumelo, em 1992 sai Kingzobullshitbackinfulleffect92, que é uma fusão de MPB com rock, e funk, puxando mais para o hip hop. Também marcado pela entrada de 4nazzo no cargo de guitarrista, é considerado o ápice da carreira do grupo por responder ao positivo recebimento crítico e um discreto sucesso na época.
A Revista Bizz de 1992 indicaria os prêmios de Melhor Grupo ao DeFalla, Melhor Disco ao Kingzobullshitbackinfulleffect92 e Melhor Letrista e Vocalista ao Edu K, além de consideráveis posições nas categorias Melhor Música Nacional (4º lugar) e Melhor Capa (2º lugar).
Nessa época é gravado o clipe com uma curtíssima versão de "It's Fuckin' Borin' to Death", música do DeFalla (volume 2), segundo disco da banda, que fora regravada no Kingzobullshitbackinfulleffect92.
O bom acolhimento do álbum levaria o DeFalla a participar do Hollywood Rock de 1993 ao lado de bandas como Engenheiros do Hawaii,e as internacionais Red Hot Chili Peppers, Alice in Chains e Nirvana.
Logo em seguida o vocalista Edu K sai da banda e segue em carreira solo, sendo substituído por Tonho Crocco (atual vocalista da também gaúcha Ultramen). Nessa época o grupo se apresentava com o nome "D.Fhala" e lançam em 1995 o disco D.Fhala Top Hits, ficando temporariamente encerradas as suas atividades desde então.

Fire, o começo da mudança

Já sem os integrantes originais, o vocalista e fundador do DeFalla Edu K retoma as atividades do grupo em 1996, na chamada fase "Fire" ou também "Marilyn Manson", por sua estética e sonoridade exóticas. Nesta época o DeFalla adere uma maquiagem pesada, androgina e o som bastante eletrônico, semelhante ao big beat do The Prodigy e ao rock industrial de artistas como Ministry, Nine Inch Nails, KMFDM e o próprio Marilyn Manson.
A banda era formada pelo remanescente 4nazzo, o baixista "Z" e a baterista Paula Nozzari (que mais tarde integraria o Cidadão Quem).
As músicas lançadas nessa época tiveram produção e mixagem de Eduardo Marote (produziu Skank, Cidade Negra, Pato Fu) em Nova Iorque. A ideia inicial de divulgação era de que o single seria prensado de maneira alternativa ou "pirata" (como definiu o próprio Edu); apenas 1000 cópias em vinil para uso de DJs. Porém, acredita-se que o material sequer fora lançado oficialmente. Uma sessão de fotos, algumas músicas e versões demos foram disponibilizadas no site oficial da banda (atualmente fora do ar) por volta de 1998.

Entre produções inéditas, boa parte das músicas consistia em regravações de canções do DeFalla como "Não me Mande Flores", "Screw You!", "Repelente" e "Sodomia" e covers inusitados como os de "Ray of Light" (Madonna), "That's the Way (I Like It)" (KC and the Sunshine Band), "Fire" (Jimi Hendrix) e "Raw Power" (The Stooges). Sabe-se que ao vivo foram executadas versões de algumas músicas do Bauhaus e Alien Sex Fiend.

Ao vivo a banda se apresentava com visual bastante excêntrico, usando maquiagem, vestimenta sado-masoquista e lentes de contato brancas. Musicalmente, os shows traziam sintetizadores pré-programados, além de bases de bateria eletrônica somadas à uma percussão de Paula Nozzari, que tocava de pé.
Por volta de 1998 Edu K também montou o projeto Porno Barbie Superstar, que gravou versões puramente eletrônicas de clássicos do rock.

A polêmica Popozuda Rock 'n' Roll

Os próximos trabalhos definiriam-se por formações pouco sólidas, mudanças drásticas de estilo musical e estético, mas encaminhariam o DeFalla para o mainstream nunca antes conseguido, como a inclusão do grupo no ascendente cenário funkeiro carioca ao explorar o miami bass no disco Miami Rock 2000. O lançamento veicularia o hit Popozuda Rock 'n' Roll nas rádios e programas de TV de todo o país, duramente criticado por diversos fãs tradicionais da banda. As acusações apontariam que, apesar de todo seu histórico mutante, o DeFalla estaria "passando dos limites" ao aproximar-se da música comercial de maneira apelativa. Edu K justifica: "Popozuda é completamente AC/DC, se você tirar a batida. E é legal porque hoje a tocamos desse jeito, então talvez agora as pessoas possam entender porque o
Miami era um disco de rock".
Mais tarde o DeFalla ainda arriscaria o glam rock e o hardcore melódico nos dois discos Superstar (lançado em 2001 e relançado em 2003) e Soda Pop (2003), este último não lançado oficialmente.
Ainda em 2004 o DeFalla retorna as palcos para um show comemorativo de 20 anos de carreira no Circo Voador com sua formação clássica (não sendo pela falta do guitarrista e baterista Castor Daudt). Contando com a participação dos guitarristas Rafael Crespo (ex-Planet Hemp) e Peu Sousa (ex-Pitty).





Carreiras solo e trabalhos posteriores

Edu K

Em 1995, lança paralelamente ao DeFalla o primeiro disco da sua carreira solo, intitulado Meu Nome é Edu K.
Em 2000, consegue grande sucesso ao lançar o disco Gatas, Gatas, Gatas, quando grava o clipe da música homônima com a direção do Bryan Barber, que viria a trabalhar com o grupo de hip hop OutKast, na canção Hey Ya!.
Em 2007, Edu K foi convidado a relançar o CD Miami Rock 2000 em 2007 pelo selo alemão Man Recordings. O convite lhe rendeu a gravação do disco Frenétiko e mais uma série de singles, oficializando sua carreira internacional com o flerte de electro com funk carioca.
Em 2008, o músico iniciou a gravação de EPs pelo selo australiano Sweat Out, anunciando mudanças para uma sonoridade denominada "fidget house".

Flu

Flávio Santos tem o projeto instrumental Flu - como viria a ser conhecido mais tarde - com dois discos ...E a Alegria Continua (1999) e No Flu do Mundo (2003), lançados pela gravadora Trama. Flávio também trabalhou com Wander Wildner, se apresentando no Curitiba Pop Festival de 2004, em show de abertura para a banda Pixies. Em 2008 fundou a banda Leme, junto ao MC carioca De Leve. Também faz parte da banda Robô Gigante, ao lado do ex-companheiro de banda Marcelo Truda.

Discografia

Rock Grande do Sul (1985)
No Major Babies (1995)
Raridade Plug (1996)
Hot 20 (1999)
Domingo Legal 2000 (2000)
Explosão Tekno Funk (2000)

Álbuns de estúdio

DeFalla (1987)
DeFalla (volume 2) (1988)
Screw You! (1989)
We Give a Shit (1990)
Kingzobullshitbackinfulleffect92 (1992)
D. Fhala - Top Hits (1995)
Miami Rock 2000 (2000)
Superstar (2002)

Álbuns ao vivo

Ao Vivo no Espaço Mambembe (1988)
Screw You! (1989)
Ao Vivo em São Paulo (1991)
Ao Vivo no Teatro Mars (1993)
Ao Vivo no Groove (2002)

EPs

Demo Tape (1986)
Megablasts from Hell (1991)
Fire (1998)
With This Disk We Shall Become the Rulers of the Universe (1999)
Soda Pop (2003)

Formação

Edu K - vocal, guitarra, beatbox e scratch
Castor Daudt - guitarra, violão e bateria
Flu (Flávio Santos) - baixo e moog
Biba Meira - bateria

Ex-integrantes

4nazzo (Marcelo Fornazzier) - guitarra (Os the Darma Lóvers)
Alexandre "Alemão" Birck - bateria (Graforréia Xilarmônica)
André Alcalde - baixo
Bruno Alcalde - vocal e guitarra
Bruno Della Motta - vocal e guitarra
Carlo Pianta - guitarra (Graforréia Xilarmônica)
Chili Willi - vocal
Dani - baixo
Glauco - bateria
Jacques Molina - guitarra
Marcelo Truda - guitarra (ex-Taranatiriça; Robô Gigante)
Paula Nozzari - bateria (ex-Cidadão Quem; Canja Rave)
Peu Sousa - guitarra (ex-Pitty; Nove Mil Anjos)
Rafael Crespo - guitarra (ex-Planet Hemp; Polara)
Supla - bateria
Syang - guitarra
Tonho Crocco - vocal (Ultramen)
Z - baixo, guitarra

"AGENTSS"


Formado em 1980, por Kodiak Bachine (voz, sintetizadores e teclados), Eduardo Amarante (guitarra) e Miguel Barella (guitarra). Gravaram o primeiro compacto, independente, em 1981. Luiz F. Portela tocou baixo nas duas faixas (“Agentes” e “Angra”, que contaram ainda com as participações de Roberto L. Antônio e Armando Tibério Júnior na bateria, respectivamente). Kodiak vinha de experiências com bandas progressivas e eletrônicas dos anos 70, e assimilou bem essas influências com o nascente minimalismo punk. Eles praticamente apresentaram a new wave para o Brasil, através de sua veia mais experimental, como Devo, Gary Numan, etc. O alto grau de qualidade dos músicos e exigência técnica idem fizeram com que os shows fossem escassos, e mesmo assim, sempre lotados. A primeira apresentação foi realizada apenas em 25 de setembro de 1982. Mesmo com apenas cinco apresentações no período de um ano, deixaram uma impressão marcante na cena local paulista, chamando a atenção da gravadora WEA para lançamento do segundo compacto, em 1983, com as músicas “Professor Digital” e “Cidade Industrial”, com produção de Pena Schmidt. Mas o impacto não foi o mesmo, e seus integrantes resolveram seguir caminhos diferentes. Miguel Barella formou o grupo Voluntários da Pátria. Eduardo Amarante e Thomas Susemihl formaram o grupo Azul 29 - posteriormente, Eduardo juntou-se a Guilherme Isnard (ex-Voluntários da Pátria) e formou a banda Zero. Kodiak Bachine seguiu carreira solo, sempre fazendo participações especiais em vários discos de vários outros artistas e bandas.

"AZUL 29"


Ao lado do Agentss, foi uma das bandas mais importantes do cenário new-wave de São
Paulo e do Brasil. Não por acaso, seus integrantes se misturavam, já que o Azul 29
foi formado por Thomas Bielefeld (voz e teclado) e Eduardo Amarante (guitarra),
que tocaram no Agentss, mais Miko no baixo (depois Thomas Susemhil) e Malcom
Oakley na bateria. Assim como o Agentss, sua carreira fonográfica resumiu-se a
dois compactos, um lançado em 1983 (com as músicas “Metrópole” e “Olhar”)
e outro no ano seguinte (com “O teu nome em Neon” e “Ciências Sociais”), apesar de
existirem vários registros de shows e ensaios da banda. O sucesso desse segundo
compacto abriu as portas para que participassem da trilha sonora do filme “Bete
Balanço” (1984, com o hit underground “Video Game”), mas não foi suficiente para
solidificar a carreira da banda. Para completar, disputas entre gravadoras às
vezes prendiam os artistas em casts que as mesmas não conheciam e não sabiam como
trabalhar. O primeiro compacto, por exemplo, traz uma arte de capa que a banda não
aprovou, por isso nem trabalharam na divulgação do mesmo. No segundo a banda
opinou mais, mas continuaram relegando a música em segundo plano.
Nenhum de seus integrantes vivia de música, por isso divulgar
shows fora de São Paulo era difícil. E os shows eram o forte da banda,
que lotava as casas por onde passavam, no underground da capital (inauguraram o Napalm, que os aproximou dos punks, mais Pub Victoria, Rose Bom Bom,
Club Paulistano, etc.). Essa soma de fatores foi primordial para a curta, porém marcante, duração da banda, que acabou logo depois do lançamento desse segundo
(e mais bem sucedido) compacto.

"MAGAZINE"


Depois de iniciar uma cena totalmente underground na capital paulista, Kid Vinil formou um grupo: o Verminose, que se adaptaria mais tarde às necessidades da indústria fonográfica, mudando o nome para Magazine.
“Foi o início da new wave. Gravamos o compacto de “Sou Boy”,
que tocou em todos os lugares e vendeu 100 mil cópias.
Uma vendagem significativa para um compacto com duas músicas”, disse.
O Magazine se tornou um dos principais grupos da Warner para gravar compactos.
No início da década de 80, as gravadoras testavam os novos grupos de rock com lançamentos de singles. A Warner Music adotou o sistema com bandas como Ultraje a Rigor, Ira!, Titãs, Kid Abelha e os Abóboras Selvagens e outros.
Funcionava como uma avaliação para a gravação do primeiro LP.
“Depois do primeiro single, fizemos “Tic Tic Nervoso”, que repetiu o sucesso.
Na época começamos a participar de todos os programas de auditório e tocar pelo Brasil. Em seguida, o Caetano Veloso pediu para gravarmos uma música que ele compôs”.

Com o grande sucesso do Magazine, a banda new wave começou a chamar a atenção do tropicalista Caetano Veloso. Ele telefonou para a gravadora afirmando que gostaria que o “cantor de Sou Boy” fizesse uma versão para a canção “Comeu”, composta para o disco “Velô”. “Foi uma surpresa muito grande. O Caetano disse que minha voz combinava com a canção. Ele só fez uma exigência. Para gravarmos, teríamos que incluir o saxofonista de seu grupo, o Zé Luís. A idéia foi genial.
O sax enriqueceu bastante a música, que foi encomendada para ser
abertura da novela A Gata Comeu”.
Além de fazer parte da trilha sonora da novela global, a música ainda resultou no quarto compacto da banda, com “Comeu” no lado A e “Crucial”
(faixa instrumental de “Comeu”) no lado B. “Nessa época participamos de todos os programas de TV. Tocamos até no Balão Mágico”, diz o cantor.
Tudo caminhava da maneira como uma nova banda brasileira do início da década de 80 gostaria que fosse. O lançamento de quatro compactos bem recebidos pelo público deu prestígio à banda. Com o sucesso, a Warner começou a pressionar o Magazine para lançar mais um hit. “Foi quando os desentendimentos apareceram no grupo.
É difícil compor sucessos sobre pressão. Após fazer o primeiro disco, a gravadora argumentou que não tinha uma música de trabalho. Não conseguia fazer música sob encomenda. A pressão foi tão grande que a banda começou a
ter dificuldade para criar”, disse.
Segundo Kid, a difícil relação entre a gravadora e a banda foi o
principal motivo da separação do Magazine.




sexta-feira, 14 de outubro de 2011

"GRAFORRÉIA XILARMÔNICA"


Graforréia Xilarmônica é uma banda brasileira de rock gaúcho, formada em 1987, inspirada na Jovem Guarda e nos grupos estrangeiros dos anos 60.
A banda criou um som bem humorado, divertido e despreocupado,
com alguns toques de música nativista.

A origem do nome

O nome da banda foi escolhido de maneira aleatória pelos integrantes: certa vez reuniram-se e decidiram fazer a escolha do nome através de um dicionário.
Cada um deveria abri-lo em uma página qualquer e escolher a palavra mais estranha dentre as que estivessem na página. Após algumas sugestões,
foi escolhido o nome Graforréia Xilarmônica.

O começo

Atualmente as bandas gaúchas tendem para um som com inspiração na jovem guarda e no rock dos anos 60, mas com letras que refletem uma visão irônica da vida, isso se deve à banda fundada em 1987 por Marcelo Birck (guitarra e vocais de apoio).
Começaram a ficar mais conhecidos em 1988, quando lançaram uma fita demo,
Com Amor, Muito Carinho, que já continha sucessos.
O primeiro CD só veio a público em 1995, Coisa de Louco II, pela pequena qravadora Banguela Records, que pouco depois faliu, prejudicando a divulgação da obra.
Nesse disco encontram-se alguns dos maiores sucesos do conjunto, como
"Bagaceiro Chinelão" e "Amigo Punk"
(regravada por Wander Wildner no álbum La Canción Inesperada).
Em 1998 surge o segundo disco da banda, intitulado Chapinhas de Ouro, com destaque para as canções "Colégio Interno" e "Eu" (regravada pela banda Pato Fu no disco Ruído Rosa). Em janeiro de 2000 a banda declarou em um show no Bar Ocidente em Porto Alegre que aquela seria a sua última apresentação. Com apenas duas fitas demo e dois discos por selos pequenos, já fora de catálogo (Coisa de Louco II e Chapinhas de Ouro), a Graforréia é um dos melhores exemplos do que é ser uma banda de rock cult no Brasil. Segundo Frank Jorge: "Ela deveria ser conhecida, mas morreu na casca",
lamentando profundamente o término da banda.

Entre a Jovem Guarda e a Vanguarda

Amigos de infância, Frank e Birck começaram na banda Prisão de Ventre, que durou de 1982 à 1985 e misturava jovem guarda, new wave e o famoso estilo de Arrigo Barnabé. Quando começaram a Graforréia, com o baterista Alexandre Birck e o guitarrista Marcelo Birck, eles de certa forma retomaram o espírito da Prisão de Ventre:
"Nossa intenção era misturar a comunicação direta da jovem guarda,
do brega e do rock dos anos 60 com a pesquisa da música de vanguarda",
conta Marcelo Birck.
Algum tempo depois, Marcelo saiu da banda e ela continuou com Carlo Pianta (ex-DeFalla) na guitarra, de qualquer forma, ele continuava sendo compositor da Graforréia junto com Frank Jorge, que levou o trio mais para os lados da jovem guarda que da vanguarda. A inesperada popularização da banda através das fitas demo, acabou levando a um contrato com o selo Banguela Discos para a gravação de Coisa de Louco II, que teve um sucesso relativo, uma vez que o videoclipe de Você Foi Embora teve boa repercussão na MTV Brasil.
Alexandre Birck faz uma comparação entre ele e Frank: "Talvez o Frank seja o compositor mais na linha canção jovem-guarda. Eu sou mais ácido nos meus comentários". Ressaltando que as canções da Graforréia só saem quando ele e Frank as compõem em comjunto. Já segundo o baixista, a permanência da banda até hoje deve-se ao fato dela ter mantido uma postura firme. Segundo o próprio: "Não éramos publicitários querendo fazer uma banda engraçadinha. E tínhamos uma maneira própria de buscar a brasilidade (com elementos de música regional gaúcha, como pode-se conferir em canções como "Benga Minueto", de Chapinhas de Ouro e "Amigo Punk", de Coisa de Louco II)."

Discografia

EPs

Com Amor, Muito Carinho (1988)
Homem Branco (1998)

Álbuns de estúdio

Coisa de Louco II (1995)
Chapinhas de Ouro (1998)

Álbuns ao vivo

Graforréia Xilarmônica: Ao Vivo (2006)

Coletâneas

The Best of G.X. (1997)
Velhos Projetos e Perspectivas (2007)

Formação

Frank Jorge - vocal, baixo
Carlo Pianta - guitarra, vocal de apoio
Alexandre Birck - bateria

Ex-integrantes

Marcelo Birck - guitarra e vocal
Eduardo Christ - guitarras

"TELEX"


Outra promessa brasileira do rock new wave, com seu teclado e ritmo dançante. Seu integrante mais conhecido foi o baixista Oswaldo Gennari Filho, o Coquinho. Ele acompanhou Arnaldo Batista em sua fase pós-Mutantes. A banda lançou apenas um disco, com o sucesso Só Delírio, pela gravadora CBS.

Discografia

Teléx- Só Delírio (CBS - 1984)

SÓ DELÍRIO
EGOÍSTA

Teléx-Mundo Cão (RCA - 1986)

MUNDO CÃO
BRAZIL (QUERO IR, QUERO FICAR

Músicos

MAURICIO PEDROSA - VOZ,TC
TADEU ELIEZER - GUITARRAS
OSWALDO GENNARI - BAIXO
LEONARDO GIORDANO - BATERIA


'SÓ DELÍRIO' TAMBÉM PRESENTE NO LP 'QUE DELÍCIA DE ROCK'

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

"VOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA"


Grupo paulista formado em setembro de 1982. Realizou uma série de shows no ano de 83. Tocou no Carbono 14, Rose Bom Bom, Lira Paulistana, Clash, Sesc Pompéia e Napalm (SP), Noites Cariocas e Circo Voador (RJ).
Os Voluntários da Pátria não se apresentam ao vivo desde o início de anos de 84 (exceção feita ao show pelas Diretas-Já no Centro Cultural São Paulo). Durante este tempo, o grupo de dedicou à Criação e aperfeiçoamento de músicas para a composição de um repertório significativo. Este repertório reune as principais composições do grupo desde o seu surgimento. O objetivo inicial deste trabalho era o de definir a identidade musical do conjunto; o objetivo final,
o de registrar este material em um LP.
O papel do disco seria o de reproduzir fielmente os sons produzidos pelo grupo.
A "fidelidade" em questão se refere ao som produzido ao vivo pelos Voluntários da Pátria, com os timbres de seus instrumentos equalizados de acordo com sua própria concepção estética. E o primeiro passo na tentativa de ir de encontro a este critério, foi o de abandonar toda e qualquer perspectiva de lançar o LP por uma gravadora. Tinha-se descoberto que as gravadoras são incapazes de reconhecer a avaliar trabalhos que fogem dos padrões derivados de modismos passageiros. Não existe interesse nem iniciativa no sentido de se fazer um investimento a longo prazo, dirigido a um novo mercado, um mercado sólido sustentado por uma base real: a relação onde os envolvidos partem para a discussão sobre determinado trabalho, situando-o em determinado contexto e resguardando ou não seu papel histórico de obra de arte.
Tinha-se descoberto também, que os produtores de disco daqui são incapazes de situar qualquer tipo de música feita por jovens, em outro universo que não seja o das FMs e AMs comerciais. Isto revela sua desinformação: ignoram, entre outras coisas, o movimento punk, um movimento que praticamente alterou o comportamento do mercado fonográfico a nível mundial,
além de ter influenciado toda uma geração de músicos e ouvintes.
Os Voluntários da Pátria partiram então para a auto-produção, contando com a ajuda mecênica de Luiz Carlos Calanca (Baratos e Afins Records).
O resultado é o LP com oito faixas instigantes. três das quais censuradas. São oito faixas onde prevalece a originalidade da integração letra/música/arranjo (os Mutantes faziam isso com classe).
O LP, situado no atual marasmo da MPB, merece ser tratado seriamente.
O disco foi gravado em julho/84 no Mosh Studio (16 canais), SP, e lançado pelo sêlo Baratos e Afins Discos.
Os Voluntários da Pátria são: Miguel Barella (quitarra, guitarra sintetizada), Giuseppe Frippi (quitarra, guitarra sintetizada). R. Gaspa (baixo), Nazi (vozes) e Thomas Pappon (bateria e vozes de fundo).