quinta-feira, 25 de outubro de 2007

" ZERO "



Em 1983, Guilherme Isnard, recém saído do Voluntários da Pátria, monta, junto com Beto Birger (depois no Nau) no baixo; Cláudio Souza (Violeta de Outono) na bateria; Gilles Eduar, sax ; Fábio Golfetti (Violeta de Outono) e Nelson Coelho nas guitarras. Esta formação, mais underground, durou apenas dois anos, e rendeu o compacto com Heróis e 100% Paixão, músicas que entraram na programação das rádios rock na época além de participarem da coletânea Os Intocáveis e também em uma música da cantora May East.Em 85, o vocalista Guilherme Isnard, remonta o grupo com uma nova formação que contava com Eduardo Amarante (ex-Agentss e Azul 29) na guitarra; Rick Villas-Boas (ex-Joe Eutanásia) no baixo; Freddy Haiat (ex-Degradée) nos teclados e Athos Costa (ex-Tan-Tan Club) na bateria. Com esta nova formação passaram a compor e a gravar novas músicas, na esperança de um futuro contrato com uma gravadora. Neste ponto apareceu a chance de gravar pela EMI que estava com um projeto novo, de lançar novas bandas em um formato não muito comum no Brasil, o Mini LP, ou EP. Foi assim que o Zero lançou o primeiro trabalho, Passos no Escuro. Neste álbum quase todas as músicas se destacaram, mas as principais foram Agora Eu Sei, com a participação do então desconhecido Paulo Ricardo (RPM) e a faixa titulo.Dois anos depois em 87, lançam o bem sucedido disco Carne Humana, com os hits A Luta e o Prazer, Quimeras e Algum Vicio. Para este trabalho sai Athos e entrou Malcolm (ex-Azul 29 e Voga).
Neste mesmo ano, abrem os shows da turnê brasileira de Tina Turner,
mesmo enfrentando um publico hostil, que estava interessado apenas em ver a cantora, o ZER0 se mostra um grupo maduro, fazendo excelentes apresentações.
Passam os dois anos seguintes fazendo shows pelo Brasil inteiro.
Já em 89, surpreendem a todos anunciando o grupo iria se separar.

"SEX'PLÍCITO"



Banda mineira, aliás, uma das melhores bandas underground dos anos 80. Letras bem bacanas e um som original. Composta por Roger Betonera na batera, Rubinho Troll no vocal, Mario no baixo e John (Pato Fu) na guitarra. Lançaram dois álbuns: "Combustível Para O Fogo" em 1989 e "O Disco Dos Mistérios Ou 3 Diabos E Ou Sexplícito Visita O Sítio Do Pica-Pau Amarelo Ou Tributo A H. Romeu Pinto" em 1991, ambos pelo selo Eldorado. Encerram as atividades na seqüência

" CHEQUE ESPECIAL "



Banda carioca formada por: Aníbal Rosas - Voz e Guitarra/ Paulinho Meira - Guitarra e Vocal/ Dudu Castro - Baixo e Vocal/ Lory Cesar - Teclados e Vocal e Eduardo Helborn - Bateria, Percussão e Vocal. Em 1986 estouraram nas rádios com a música “Pronta Pra Estudar” do refrão “Assim você vai se dar mal, assim você vai levar pau, pau, pau". Apareceram várias vezes no Cassino do Chacrinha com essa música, além de “Búzios Armação”, “Náufragos do Amor” e "A Gata do Morey Boogie". Lançaram um único álbum “Débora” e desapareceram, como várias bandas da época.





" CIVIL "


Após passar uma temporada no paraíso do chope e das batatas fritas, o rock nacional enreda-se de forma homogênea na assim chamada crítica social. O Civil é um dos mais novos adeptos da causa e, de sua trincheira de vinil, dispara a torto e a direito contra a política, a religião, a censura, a escola, as armas nucleares... Tudo muito bem, tudo muito bom, mas vocês já não viram esse filme antes? E levado de forma muito mais satisfatória? De estalo, saltam nomes como Mercenárias, Titãs, Legião Urbana, Plebe Rude... Que tal mudar o discurso, rapaziada?
PAIRA NO AR UMA BRISA GELADA...

" RADIO TAXI "


Wander Taffo e Lee Marcucci se conheceram quando eram músicos de Rita Lee e formaram o Radio Táxi, aonde seu primeiro sucesso foi Garota Dourada, musica de Taffo e Marcucci e letra de Nelson Motta, canção que se destacou no filme Menino do Rio e foi incluída no primeiro compacto da banda, no final de 1981, ela tocou por todo o país e os rapazes do Radio Táxi, sob as orientações de Manoel Poladian, apareceram até em figurinhas autocolantes dos salgadinhos Elma Chips.Foi o suficiente para que a gravadora CBS lançasse, em 1982, o primeiro disco, homônimo, da banda, produzido por Luis Carlos Maluly e com campanha promocional digna de superstars. Alem de Garota Dourada, o disco continha os sucessos, Coisas de Casal, Dentro do Coração e a regravação de Que Tudo Vá Para o Inferno e, na época, foram considerados como pop brega.O segundo disco, lançado em 1983, também homônimo, trouxe os sucessos, Sanduíche de coração e Eva.

" BUANA 4 "


Grupo de rock formado na cidade do Rio de Janeiro em 1988 por Maurício Barros (voz e teclados) que, em fevereiro do mesmo ano, havia deixado o Barão Vermelho e também integrado por Gian Fabra (baixo), Guilherme Valdetaro (bateria) e Billy Brandão (guitarra). No ano seguinte o grupo lançou o LP "Buana 4", cujo destaque foi o sucesso "Eu só quero ser feliz". A música foi incluída na trilha sonora da novela "Top Model", da Rede Globo, naquele mesmo ano. Em 1992 o grupo encerrou as atividades.

" YAHOO "


Surgida no final dos 80’s a banda Yahoo foi uma invenção do multifacetado guitarrista Robertinho de Recife que gravou dois álbuns e largou a empreitada. O grupo continuou e lançou mais dois álbuns até encerrarem as atividades no início da década de 90. Em 2006 voltaram com o lançamento do álbum “Versões”, que como o nome diz é só de versões. Seu maior sucesso foi a balada “Mordida de Amor”, uma versão de Love Bites do Def Leppard que foi tema da novela Bebê a Bordo.

Formação :

Zé Henrique - Voz e Baixo
Robertinho De Recife - Guitarra e Violão
Marcello Azevedo - Teclados e Guitarra
Marcelo Faria - Bateria

Depois do segundo álbum saiu Robertinho De Recife e entraram Serginho Knust – Violão e Guitarra e Val Martino - Teclados.

"SEMPRE LIVRE"



Banda de música pop formada só por mulheres (Dulce Quental, substituída por Tonia Schubert e mais tarde por Denise Mastrangelo, voz; Lucia Lopes, bateria; Flavia Cavaca, baixo, Lelete, substituída por Sonia Bonfá e depois por Cleo Boechat, teclados, e Márcia, sendo substituída por Rosana Piegaia e depois por Louise Rabello, guitarra) que surgiu no começo da década de 80 impulsionada pelo grande sucesso da música "Eu Sou Free" (Ruban/ Patricia Travassos). Em 1984 veio o primeiro LP, "Avião de Combate", cuja música de trabalho ("Esse Seu Jeito Sexy de Ser") foi bastante executada nas rádios, mas não tanto como "Eu Sou Free". Depois de dezenas de shows por mês, incontáveis apresentações em programas de auditório, boatos de que o grupo era uma criação da gravadora, problemas com a censura (era proibida a reprodução pública da faixa "Alta Tensão"), a saída de Dulce Quental em 85 e o fracasso do segundo álbum, o grupo se dissolve em 1986.

" RICHIE "


Nascido na Inglaterra, morou em vários países, por ser filho de militar. Em 1972 conhece em Londres um grupo de brasileiros, inclusive alguns integrantes dos Mutantes, que o convencem a vir para o Brasil. A princípio fixa-se em São Paulo, mas em 1973 muda-se para o Rio de Janeiro, onde passa a dar aulas de inglês para músicos como Paulo Moura, Egberto Gismonti e Gal Costa. Participa de várias bandas como flautista e vocalista durante dois anos até começar a atuar como cantor no grupo Vímana, ao lado de Lobão, Lulu Santos, Luiz Simas e Fernando Gama, e gravam um compacto. Em seguida a banda se desfaz, e praticamente todos os seus integrantes partem para carreiras solos. Em 1983 Ritchie atinge grande sucesso com seu primeiro LP, "Vôo de Coração". Mais de um milhão de cópias vendidas com seus hits "Menina Veneno", "A Vida Tem Dessas Coisas", "Pelo Interfone" e "Vôo de Coração", que o levam a uma turnê nacional. Depois de ter se tornado um ídolo pop, Ritchie não conseguiu repetir a façanha, gravando mais discos e fazendo participações, mas nunca mais com o mesmo sucesso.

"AFRODITE SE QUISER"



O Que Que Ela Tem Que Eu Não Tenho? "One-hit wonder" do Brock dos anos 80, o grupo Afrodite Se Quiser foi um trio formado por Karla Sabah (que posou para a Playboy em outubro de 1989), Emilinha (compositora da música em questão) e Patrícia Maranhão.
O grupo lançou dois álbuns: "Afrodite Se Quiser" (1987) e "Fora de Mim" (1989).




"HANOI-HANOI"



Grupo de rock criado em 1985 no Rio em torno da figura do baixista Arnaldo Brandão, que já havia integrado as bandas Brylho, A Bolha, Blitz e conjuntos de Raul Seixas, Jorge Mautner, Luiz Melodia, Gal Costa e Caetano Veloso. De sua afinidade com o poeta Tavinho Paes nasceu o embrião do Hanoi-Hanoi, que lançou em 1986 o primeiro LP, "Hanoi-Hanoi". O primeiro e maior sucesso foi "Totalmente Demais" (que deu nome a um disco de Caetano), incluído neste disco ao lado de "Blablabla Eu Te Amo" e "Bonsucesso 68". Em 88 saiu "Fanzine", tendo como músicas de trabalho "Plic Plic", "O Tempo Não Pára" (Brandão/ Cazuza) O terceiro disco, "O Ser e o Nada" (EMI), é de 1990 e tanto o título quanto o conceito do disco são emprestados do papa do existencialismo Jean-Paul Sartre. Depois de participar do Rock In Rio II (1991) substituindo o Barão Vermelho, em 1992 veio "Coração Geiger", que não repetiu sucessos anteriores.
Em 1995 o CD "Credus" reuniu gravações ao vivo de uma turnê de 1993.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

" NENHUM DE NÓS "




Formado inicialmente por Thedy Correa(baixo e voz),Sady Homrich (bateria)e Carlos Stein(guitarra)o Nenhum de Nós decidiu em 1986 levar a música a sério.
Mandou uma fita-demo em 1987 para o produtor Tadeu Valério, o mesmo que havia feito a coletânea ‘Rock Grande do Sul ‘ e acabaram contratados. Em meados de 1987 chegou às lojas o primeiro LP. Quase nada aconteceu no eixo Rio/Sampa.
Somente em 1988 os programadores descobriram a faixa “camila, camila”
e de repente tudo mudou.
De um dia para outro o hit estourou. No segundo trabalho intitulado “Cardume” a versão de starman de David Bowie (astronauta de mármore)
foi uma das músicas mais tocadas do ano de 1989.
O primeiro LP vendeu pouco mais de 30 mil cópias, o segundo mais de 210 mil.
O Nenhum de Nós agora fazia parte do rock nacional, merecidamente.
Em 1990 foi lançado “Extrano” colocando mais som da gaita gaúcha nas faixas.
A música “Sobre o tempo” fez parte de novela global.
Neste LP o Nenhum de Nós já era um quarteto com a entrada de Veco Marques (violão/guitarra). Tempos depois João Vicenti (gaita/teclado/voz)
tornou-se parte do Nenhum de Nós.

"BIQUINI CAVADÃO"



Começou com o quarteto Bruno Gouveia (voz), Miguel Flores da Cunha (teclados), André da Luz (baixo) e Álvaro Lopes (bateria).

Tocavam descompromissadamente até que foram descobertos por Carlos Beni (kid abelha) e Herbert Vianna. Aliás, o nome da banda foi dado por Herbert, e a primeira fita-demo foi produzida por Beni.
Nela constavam “Tédio” e “No mundo da Lua’. Rodou na fluminense FM e até o final do ano, a primeira já era sucesso.
Veio contrato com gravadora e em 1986, já com Carlos Coelho na guitarra, o Biquini Cavadão lançou “Cidades em torrente”. Tinha participação de Renato Russo na faixa “múmias” e Herbert, guitarra em ‘Tédio”.
Vendeu cerca de 60 mil cópias. O segundo LP lançado em 1987 ‘A era da incerteza’ teve fria recepção. Vendeu pouco menos de 50 mil cópias.
Somente em 1989 o Biquini lançaria mais um LP: “Zé” mas as vendas caíram. Ficou em 25 mil cópias. Em 1991 “Descivilização” trouxe hits que fizeram parte das programações: “Zé Ninguém” e “Vento Ventania”.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

"ENGENHEIROS DO HAWAII"


Estudantes de Arquitetura, Humberto Gessinger e Carlos Maltz ficaram estudando e quase seis meses sem se falar. Quando apareceu uma festa estudantil os dois trocaram papos. Gessinger mostrou 30 letras a Maltz que mostrou a Marcelo Pitz. Fizeram três ensaios e tocaram. Duas composições próprias, covers e versão de “Lady Laura”de Roberto Carlos. Agradaram.
Na época Gessinger tinha 20 anos, Maltz 22 e Pitz 21. Em 1986 lançaram o LP coletânea “Rock Grande do Sul “ que tinha as faixas ‘Segurança’ e ‘Sopa de Letrinhas’. Em novembro de 1986 saia o LP dos Engenheiros “Longe demais das capitais”. Vendeu mais de 50 mil cópias em menos de um mês.
Emplacou a música “Toda forma de poder” em novela global e fez clipe
da mesma música com participação do ator Paulo César Pereio.
Após shows e perto de lançar outro LP, Pitz decide sair da banda. Gessinger assume o baixo e convidam Augusto Licks, 31 anos, músico conceituado no Rio Grande do Sul para a guitarra. Em 1987 lançam LP “A revolta dos dândis” e caem no gosto do público.
Sucesso forte principalmente no Sul do país. Ano seguinte saía o LP “Ouça o que eu digo, não ouça ninguëm “. 84 shows por todo o Brasil e o material para o quarto LP estaria gravado.
“Alívio imediato” teve seu lançamento em outubro de 1989.
As inéditas “Nau a deriva” e o nome do disco gravadas em estúdio.
O restante tirado dos shows.

" ULTRAJE A RIGOR "


Roger Moreira Rocha e Leospa amigos desde 1975, resolveram seis anos depois montar uma banda para diversão. Em 1979 os dois trabalharam em São Francisco (Estados Unidos) de entregadores de pizza e faxineiros. Nesta época inventaram a primeira música “Mauro Bundinha”.

Em 1982, já de volta ao Brasil definiam o nome do grupo até que em um errôneo entendimento, Edgard Scandurra (guitarrista) perguntou se teriam que tocar com Traje a Rigor. Depois foi só colocar o Ul. Desta época faziam parte Roger, Leospa, Scandurra e o baixista Silvio. Neste mesmo ano sai Silvio e entra o definitivo Maurício Rodrigues. Em 1983 surgia o primeiro compacto com “Inútil” e “Mim quer tocar”. O compacto vendeu 30 mil cópias . O tão sonhado LP surgiria mais de um ano após, antes porém mais um compacto com “Eu me amo” e “Rebelde sem causa” já com Carlinhos na guitarra no lugar de Scandurra que ficou definitivamente no Ira! Após shows e tocarem os compactos nas rádios criava-se uma expectativa para o primeiro LP. E ele veio em 1986 estourando vários hits, inclusive o nome dado a ele: ‘Nós vamos invadir sua praia’.

Com apenas um mês nas lojas já chegava a casa de 50 mil cópias vendidas(chegaria a decuplicar esta marca). Durante a maior parte do ano, o Ultraje decidiu tirar férias para evitar a superexposição. Em 1987 lançaram o LP que sucederia o grande sucesso de “Nós vamos…”.
“Sexo” foi gravado em sua maior parte pelo guitarrista Sérgio Serra, já que Carlinhos foi embora para os Estados Unidos. O LP fez quase tanto sucesso quanto o outro, vendeu pouco mais de 320 mil cópias.
“Crescendo” foi o terceiro LP, lançado em 1989 nas lojas e chegou a marca de 234 mil vendidos. Em julho Maurício abandona o baixo, entrando Andria Busic e posteriormente Osvaldo Fagnani. Em março de 1990 é lançado o último LP com o Ultraje de outrora: “Por que Ultraje a Rigor”? vendeu pouco mais de 50 mil cópias. Nele constava a música ‘Mauro Bundinha’.

" R.P.M "



O RPM (Revoluções por Minuto) é o grupo do rock brasileiro surgido em 1985, tendo sido um dos mais populares do país nos anos de 1986 e 1987. Foi um dos grupos mais bem sucedidos da história da música brasileira. Na segunda metade dos anos 80, conseguiram bater todos os recordes de vendagens da industria fonográfica brasileira. Seus criadores tinham um forte embasamento cultural e musical, o que foi fator determinante no tiro certo para o sucesso.
Tudo começou em 1976, em São Paulo, quando Paulo Ricardo namorava Eloá, que morava em frente à casa onde Luiz Schiavon ensaiava com May East. O casal resolveu um dia visitar os vizinhos, que estavam num ensaio crucial que decidiam entre cantar em inglês ou português. Paulo Ricardo deu seu voto, opinando pelas letras em português e assim conheceu Luiz Schiavon. Neste dia conversaram muito sobre música. Paulo estava começando sua carreira como crítico musical e Schiavon era um pianista clássico. Schiavon buscava um novo caminho, mais popular, mas sentiu dificuldade em encontrar alguém. Foi assim que Paulo recebeu o convite para integrar o "Aura", uma banda de jazz-rock que ainda tinha Paulinho Valenza na bateria. Depois de três anos de ensaios e nenhum show, Luiz encantou-se pela música eletrônica e pela tecnologia de novos sintetizadores, enquanto Paulo decidiu morar na Europa – primeiro na França e depois em Londres, de onde escrevia sobre novidades musicais para a revista Somtrês e se correspondia com freqüência com Schiavon. Este choque de personalidades impulsionou a criação do RPM depois que o trabalho da dupla foi retomado, já em São Paulo.
Juntos, criaram as primeiras canções. As primeiras foram "Olhar 43", "A Cruz e A Espada" e a música que batizara a banda que ali nascia: "Revoluções por Minuto". Gravaram uma fita demo destas músicas com uma bateria eletrônica e encaminharam à gravadora CBS que considerou-as ambíguas e difíceis de tocar nas rádios. O nome 45 RPM (45 rotações por minuto) foi sugerido inicialmente em uma lista de nomes feita por uma amiga. Schiavon e Paulo gostaram do nome, mas tiraram o 45 e mudaram o Rotações por Revoluções. Convidaram o guitarrista Fernando Deluqui (ex-Gang 90 May East) e o baterista Charles Gavin (ex-Ira!) para completar o grupo. Já batizados de RPM, conseguiram um contrato com a gravadora CBS, com o compacto de 1984, que viria com as faixas "Louras Geladas" (a música virou um hit das danceterias e das paradas de sucesso das rádios) e "Revoluções por Minuto" (que foi censurada na época). "Louras Geladas" caiu no gosto do público de todo o país e levou a banda a gravar o seu álbum de estréia, já com o baterista Paulo P.A. Pagni (ex-Patife Band), que entrou para o RPM como convidado, no meio da gravação do LP, o que explica a sua ausência na capa do disco "Revoluções Por Minuto". Charles Gavin havia saído do grupo para se integrar aos Titãs.


1985: Revoluções por Minuto

No mês de maio chega às lojas Revoluções Por Minuto, no vácuo de um país ainda perplexo com a morte de Tancredo Neves. O misto de paixão platônica e pretensa declaração de amor de "Olhar 43" emplaca nas rádios e abre caminho para que outras faixas, mais politizadas e/ou conceituais, façam o mesmo. As faixas do disco tratam também de temas como política internacional e transformações sócio-econômicas. Um elemento estranho são os climas soturnos dos arranjos de Luiz Schiavon – herança dos tempos londrinos do baixista, que viu o pós-punk britânico. O sucesso do álbum é tanto que o RPM emplaca rapidamente uma seqüência de hits no rádio (oito entre as onze faixas do álbum) e chega à marca de 100 mil LPs vendidos (disco de ouro). Revoluções por Minuto chegou a vender 300 mil cópias.

Faixas do disco: Rádio pirata / Olhar 43 / A cruz e a espada / Estação no inferno / A fúria do sexo frágil contra o dragão da maldade / Louras geladas / Liberdade-Guerra Fria / Sob a luz do sol / Juvenília / Pr'esse vício / Revoluções por minuto


1986: Rádio Pirata ao vivo

Logo depois dos primeiros shows de divulgação, o RPM fecha contrato com o megaempresário Manoel Poladian, que procurava uma banda em ascensão no rock brasileiro para o seu elenco de artistas platinados de MPB. Os costumeiros palcos das danceterias são trocados por uma megaprodução, com direito a Ney Matogrosso assinando luz e direção, canhões de raio laser e multidões espremidas em ginásios e estádios. À esta altura, Paulo Ricardo já é sex symbol: estampa diversas capas de revistas e enlouqece garotas histéricas.

Sem “futuros hits” na manga e para manter a banda em alta, Poladian, músicos e gravadora lançam em julho de 1986, um novo álbum, com parte do registro de dois shows da histórica turnê. O repertório de Rádio Pirata Ao Vivo traz quatro gravações inéditas (sendo duas covers) e cinco faixas de Revoluções Por Minuto. Com a ajuda dos preços congelados do Plano Cruzado, 500 mil cópias são vendidas antecipadamente. As vendas de Rádio Pirata Ao Vivo disparam e chegam a 2,2 milhões. O RPM transforma-se no maior vendedor da indústria fonográfica nacional até então.

As coisas ficaram tensas, no entanto, quando Paulo Ricardo passou a ser conhecido apenas como "sex symbol" e começou a ser procurado e visto por jornalistas e fãs como se fosse modelo e não músico.



Faixas do disco: Revoluções por minuto / Alvorada voraz / A cruz e a espada / Naja / Olhar 43 / Estação no inferno / London, London / Flores astrais / Rádio pirata


1987: A primeira separação

Mesmo com todo o sucesso no Brasil e em países como França e Portugal, o RPM que até teve um Globo Repórter Especial em 1986 e havia se tornado álbum de figurinhas, passava por uma situação difícil. Em junho de 1987, houve o lançamento oficial do mix em que se encontravam o grupo de rock de maior sucesso do Brasil - o RPM (mais de 3 milhões de cópias vendidas de seus dois LPs) e um dos monstros sagrados da moderna MPB - Milton Nascimento, o RPM & Milton. O fracasso do projeto RPM Discos, um selo próprio do grupo, acabou causando conflitos entre seus integrantes. Chegou-se a produzir um LP com o grupo paulista Cabine C, que prensado e distribuído pela RCA, não vendeu nem 20 mil cópias. Uma experiência em auto produzir videoclip também resultou em prejuízos. E o projeto de um longa-metragem foi a gota d'água para a separação do grupo: o cineasta Sérgio Rezende ("Até a Última Gota", "O Homem da Capa Preta", "O Sonho Acabou") trabalhou durante dois meses no roteiro, com Marcelo Rubens Paiva ("Feliz Ano Velho"), amigo e colega de escola de Paulo Ricardo, Fernanda Torres chegou a ser contratada para o filme que seria produzido por Luís Carlos Barreto. Uma produção destinada a ter, em 1987, o mesmo impacto up-to-date, que Richard Lester conseguiu com os Beatles no auge de sua fama ("Os Reis do Ié-Ié-Ié", "Help"), mas que não se concretizou. Em 1987 chegaram a anunciar a separação oficial do grupo.


1988: Quatro coiotes

O grupo retomou as atividades em 1988, com o álbum "RPM" (mais conhecido como Quatro coiotes), que saiu com uma tiragem inicial de 250 mil cópias. Na gravadora, o RPM ainda tinha destaque, pois chegara a empatar com Roberto Carlos em termos de vendagem, ainda a maior fonte de receita da mesma. Houve uma grande divulgação na época: em algumas rádios o disco chegou a ser executado por inteiro em sua programação.

Separados há mais de seis meses, a banda figurava aparentemente mais amadurecida, com um disco basicamente com base na percussão (do brasileiro Paulinho da Costa, radicado nos EUA há mais de 10 anos). Gravado entre novembro/87 a fevereiro/88, nos estúdios da Sigla em São Paulo e Light House, em Los Angeles, onde também foi mixado no sistema digital, com corte e masterização de profissionais dos mais competentes (Bernie Grundman Mastering), o RPM reúne nas dez faixas deste LP de retorno participações ilustres - como dos americanos Larry Williams e Dan Higins, nos sax; Jerry Hey, Gary Grant e Lanny Hall em trumpetes e, nas vozes, a competência de Siedah Garreth, Phyllips St. James e Maxi Anderson - o que se pode sentir especialmente em "Partners". Apesar de tudo, o som é estritamente alto, com o instrumental sobrepondo-se as letras (todas, exceto "Ponto de Fuga", de Paulo Ricardo). Não faltou erotismo como em "A Dália Negra" ou até uma pitada social em "O teu futuro espelha essa grandeza", com solo de cuíca e a participação pagodeira de Bezerra da Silva para uma letra que fala em poluição de praias, crianças abandonadas. Vendeu as 250 mil cópias, mas para os padrões do RPM, era o fracasso. Novamente o grupo se rompe.

Não se sabe a ocasião, mas o grupo ainda viria a realizar a regravação de "A página do relâmpago elétrico" de Ronaldo Bastos, em 1989.

Faixas do disco: Quatro coiotes / A dália negra / Um caso de amor assim / Ponto de fuga / Partners / A estratégia do caos / Sete mares / Quarto poder / O teu futuro espelha esta grandeza / Show it to me


2002: MTV RPM ao vivo

A partir daí, cada um seguiu seu caminho, seja em carreira solo, produzindo outros grupos ou até compondo para outros artistas. Permaneceram separados até 2001, quando resolveram se encontrar novamente para ensaiar, sem maiores pretensões, os antigos sucessos. Percebendo o entrosamento perfeito e a vontade de todos de estarem juntos novamente nos palcos, deram início ao retorno do RPM.


Após 12 anos em que cada um seguiu sozinho sua carreira, em 2001 Deluqui telefonou para o Schiavon convidando-o para assistir um show que ele faria em São Paulo. Schiavon desculpou-se dizendo que não poderia ir. Esse telefonema começou a acender uma saudade dos bons tempos. O tecladista ligou para Paulo Ricardo que estava no Rio de Janeiro, Paulo chamou Schiavon para conversar e assim decidiram que estava na hora de um retorno. Um dia passaram na casa de P.A. e foram para um ensaio informal, onde neste dia tocaram todas as músicas do RPM como se não tocassem juntos há uns três meses, resolveram mágoas do passado e chamaram novamente o "quinto coiote" para empresariá-los, Manoel Poladian.
Interessada no projeto, a MTV comprou a idéia e colocou-os novamente na mídia com o álbum "MTV RPM 2002", gravado ao vivo no teatro Procópio Ferreira, em São Paulo, no mês de março de 2002. Um dos maiores destaques foi a inédita "Vida Real", tema do programa Big Brother, exibido pela Rede Globo.

Um outro ponto alto deste show é a belíssima "A Cruz e a Espada", que traz a participação de Renato Russo (em memória). Outra participação especial que há no show é a de Roberto Frejat, do Barão Vermelho, que toca guitarra na música "Exagerado", regravação que homenageia Cazuza.
Vendeu mais de 300 mil cópias do CD e 50 mil cópias do DVD.

Faixas do disco: Revoluções por minuto / Alvorada voraz / Juvenília / Sete mares / Fatal / Liberdade-Guerra Fria / London, London / A cruz e a espada / Exagerado / Vem pra mim / Carbono 14 / Sob a luz do sol / Rainha / Louras geladas / Rádio pirata / Vida real / Olhar 43 / Onde está o meu amor?


2003: Nova separação

O grupo, com o sucesso do projeto da MTV, começou então uma nova turnê por todo o Brasil, que não durou muito tempo. Especulações dizem que a banda se separou após os outros integrantes descobrirem que Paulo Ricardo havia registrado todos os direitos em seu nome, iniciando uma disputa judicial pela marca RPM. Outros dizem que houve divergências quanto ao som da banda, se seguia os anos 80 ou partia para algo mais moderno. Depois, Paulo Ricardo e o baterista Paulo (P.A.) Pagni formaram a banda PR5 (que foi um verdadeiro fracasso), enquanto Luiz Schiavon e Fernando Deluqui seguiram para projetos solo. Atualmente, Paulo Ricardo voltou a sua carreira solo, lançando em 2006 o CD e DVD Acoustic Live, com covers de classicos internacionais e, em 2007, o CD Prisma, com uma pegada pop rock com as faixas "Diz" e "A Chegada", contando com os membros do PR5 como músicos de apoio, inclusive o baterista Paulo (P.A.) Pagni. Luiz Schiavon atualmente dirige, junto com o músico Caçulinha, um grupo musical no programa Domingão do Faustão, da Rede Globo.


2007: A volta

Depois de muito som rolado e quatro anos passados, a banda anuncia o lançamento de uma caixa com os 3 primeiros albuns da banda e mais um CD com remixes, covers e faixas não lançadas, junto com um DVD com o show do disco Rádio Pirata - Ao Vivo, de 1986. Enquanto todos esperam o lançamento oficial, Paulo Ricardo, Luiz Schiavon, Fernando Deluqui e Paulo (P.A.) Pagni já andam tocando juntos. Assim, inicia-se uma provavel volta da banda e o recomeço das revoluções por minuto...

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

"KID VINIL"


Jornalista, radialista (apresentou os programas Rock Show e Rock Sandwich), colecionador de discos, um dos primeiros entusiastas do movimento punk paulistano e vocalista, Kid Vinil formou em 1980 o grupo Verminose, de orientação rockabilly, com o guitarrista Minho K, o baixista Stopa e o baterista Trinkão. Com a substituição de Minho K por Ted Gaz, o nome mudou para Magazine e a direção sonora para a new wave. A bem-humorada “Sou Boy” estourou o grupo em 1983, em meio ao nascente cenário do Rock Brasil dos 80. “Tic-Tic Nervoso” (de Antônio Luiz e Marcos Serra), “Adivinhão” (rock da época da jovem guarda, composto por Baby Santiago e gravado originalmente por George Freedman) e “Comeu” (Caetano Veloso) foram outros sucessos do Magazine com a participação de Kid, que saiu em 1985, para formar a banda de blues-rock Os Heróis do Brasil (que gravou disco homônimo em 1986), com o guitarrista André Christovam. Um disco solo em 1988, e Kid remontaria o Verminose com Stopa, Trinkão e os guitarristas Duca e Carlos Nishimiya. A banda lançaria em 1993 o disco “Xu-Pa-Ki”, com sonoridades punks e letras bem-humoradas. Em 1997, o compositor maranhense Zeca Baleiro gravaria o divertido tributo “Kid Vinil” em seu disco de estréia
“Por Onde Andará Stephen Fry?”.

domingo, 29 de julho de 2007

"CAMISA DE VÊNUS"



O grupo (Marcelo Nova, voz; Gustavo Mullen, guitarra; Karl Hummel, guitarra; Robério Santana, baixo; Aldo Machado, bateria) surgiu em Salvador em 1982, com uma pioneira proposta punk rock. Fizeram shows na capital baiana e gravaram um compacto antes de ir para o Rio de Janeiro, em 83. O LP de estréia, "Camisa de Vênus", fez sucesso com a música "Bete Morreu". Outras faixas que consagraram a banda foram "Eu Não Matei Joana D'arc" e "Simca Chambord". O grupo se desfez no final dos anos 80 e o vocalista Marcelo Nova gravou um disco com Raul Seixas. Em 1994 o Camisa de Vênus voltou a se reunir, lançando dois CDs pela Polygram.

"LULU SANTOS"


Roqueiro precoce, aos 12 anos tocava com os Cave Man, banda de cover dos Beatles. Ao longo dos anos de 1970, emprestaria sua guitarra ao Albatroz, Veludo Elétrico, Veludo e Vímana, no qual tocou com o então flautista Ritchie e o baterista Lobão. Depois de um tempo como músico free-lancer, estreou carreira solo, com o nome de Luís Maurício, lançando um compacto.

Em 1981, já como Lulu Santos, lançou o compacto com “Tesouros da Juventude”, parceria com o jornalista e produtor Nelson Motta. Em 1982, lançou seu LP de estréia, “Tempos Modernos”, cuja faixa-título se tornaria seu primeiro grande sucesso. Seguiriam-se os LPs “O Ritmo do Momento” (1983), “Tudo Azul” (1984), “Normal” (1985), “Lulu” (1986) e “Toda Forma de Amor” (1988), que lhe garantiram uma invejável quantidade de sucessos: “Um Certo Alguém”, “Como Uma Onda”, “Tão Bem”, “O Último Romântico”, “Casa” e
“A Cura" Depois de três LPs sem a mesma repercussão de antes – “Popsambalanço e Outras Levadas” (1989), “Honolulu” (1990) e “Mondo Cane” (1992) –, Lulu Santos fez as pazes com o sucesso ao enveredar pela disco-dance nos LPs “Assim Caminha a Humanidade”, “Eu e Memê, Memê e Eu” (1995, com o produtor Marcelo “Memê” Mansur) e “Anticiclone Tropical” (1996).
Uma parada para a experimentação eletrônica – o disco “Liga Lá”, de 1997 – e o músico voltou ao formato radiofônico com “Calendário” (1999), puxado pela música “Fogo de Palha”.
Depois de “Lulu Acústico” (2000 – BMG), álbum que vendeu 700 mil cópias, cansado do violão, Lulu retorna à guitarra e lança seu 17º disco, “Programa”, em 2002. O disco marca a reestréia da banda Paralamas do Sucesso após o acidente com Herbert Vianna (de ultraleve, em fevereiro de 2001), que tocou guitarra na faixa 4 do 5, referência à data de aniversário de Herbert e do solista, ambos de 4 de maio. Em 2003, Lulu traz o álbum “Bugalu” (Sony BMG). Dentre as várias canções deste CD está “Já é!”, que faz parte da trilha sonora da novela global “Agora é Que São Elas”.
O DVD de Lulu vem em 2004, juntamente com o CD homônimo: “MTV Ao Vivo”. Neste trabalho, que lhe rendeu 800 mil cópias vendidas, encontram-se os maiores sucessos da carreira do cantor e compositor, em versões acústicas de seus maiores sucessos gravadas para o programa de televisão MTV Ao Vivo.
Um dos mais populares artistas brasileiros, Lulu, em seu mais recente trabalho, o CD "Letra e Música" (Sony BMG), lançado em 2005, produziu e arranjou 11 das 13 faixas presentes no álbum. O disco traz diversas canções inéditas, como “Vale de Lágrimas”, “De Cor”, “Din-Don” e “Circular”.

" LOBÃO "


Tendo aprendido violão e bateria na adolescência, aos 17 anos sai da casa dos pais no Rio de Janeiro para se tornar músico profissional, participando de uma peça e em seguida integrando em São Paulo a banda Vímana, ao lado de Lulu Santos, Ritchie,
Luis Paulo e Fernando Gama.
A Vímana durou três anos e lançou um compacto.

Depois do fim da banda, Lobão continuou atuando como baterista profissional, tocando com Luís Melodia, Walter Franco e Marina. Em 1980 participa da primeira formação da Blitz, saindo do grupo antes do estouro. Dois anos mais tarde grava o primeiro álbum solo, "Cena de Cinema", que começou como uma precária fita cassete que chegou à Rádio Fluminense. Fez tanto sucesso que a RCA Victor comprou o disco e o lançou comercialmente.
Mais tarde forma a banda Lobão e os Ronaldos, que se apresenta em Nova York e lança em 1984 "Ronaldo Foi pra Guerra", com o sucesso "Me Chama". A banda acabou em seguida e Lobão sumiu por uma época. Volta à cena em 86 com "O Rock Errou", um disco já crítico a respeito da falta de originalidade do rock, e convida Elza Soares para gravar uma faixa. Saem daí sucessos como "Revanche". No ano seguinte, Lobão é preso por porte de drogas e passa um ano na cadeia, onde elabora o disco "Vida Bandida", que faz enorme sucesso.
Quando sai da cadeia passa a freqüentar a Mangueira e se interessar mais por samba e carnaval, e em 1988 seu disco "Cuidado!", misturando samba e rock, não é bem recebido. Nos anos 90 grava outros discos e participa de festivais como o Hollywood Rock, onde foi uma das maiores atrações, e o Rock In Rio II,
onde levou uma vaia histórica.
Alguns discos e um acidente de moto depois, passa quatro anos sem compor, apenas estudando violão clássico, remontando à adolescência. Em 95 volta a compor e lança "Nostalgia da Modernidade". Em 1999, em mais uma atitude polêmica, Lobão brigou com as gravadoras e lançou o CD "A Vida É Doce" com uma estratégia inédita, utilizando bancas de jornais, sites da internet e megastores como pontos de venda, numerando os CDs e desvinculando o lançamento das grandes gravadoras. Entre seus maiores sucessos estão "Vida Bandida", "Vida, Louca Vida", "Chorando no Campo", "Cuidado", "Rádio Blá", "Mal Nenhum" e "Canos Silenciosos".
Em 2001, Lobão lança com sucesso o cd “Lobão 2001 – Uma Odisséia no Universo Paralelo”, juntamente com o especial do show exibido pelo canal Multishow, tornando assim a marca Universo Paralelo conhecida e reconhecida no mercado fonográfico como um dos bastiões do sucesso independente no Brasil. Volta a se destacar com agitador cultural lançando, em 2003, a revista “OUTRACOISA”, em parceria com a L&C Editora. A revista traz participações de grande artistas e pensadores de nossa cultura contemporânea e lança um artista independente a cada número.
Seu último CD, “Canções dentro da noite escura”,
lançado em 2005, também foi vendido encartado na revista OUTRACOISA.

"BLITZ"


Septeto que traçou os caminhos do rock brasileiro nos anos 80, foi formado no Rio de Janeiro em 1980. Em 1982 sai o primeiro compacto, "Você Não Soube Me Amar", um sucesso estrondoso, logo seguido pelo LP "As Aventuras da Blitz". Com um rock leve, letras bem-humoradas e performance teatral no palco, a Blitz tocou no Rock In Rio de 1985, se apresentou por todo o Brasil e no exterior e consolidou-se como fenômeno de massa. Lançaram produtos como revistas em quadrinhos e álbum de figurinha, em parte devido à sua grande popularidade entre as crianças. Depois do terceiro LP a banda se desfez, em 1986, voltando a se reunir ocasionalmente para shows ou eventos.
Fernanda Abreu seguiu uma bem-sucedida carreira solo e Evandro Mesquita se firmou como ator. Em 1995 a EMI lançou "Blitz ao Vivo" e dois anos depois alguns ex-integrantes se reuniram e gravaram o CD "Línguas". Seus integrantes eram: Evandro Mesquita, guitarra e voz; Fernanda Abreu, backing vocal; Marcia Bulcão, backing vocal; Ricardo Barreto, guitarra; Antônio Pedro Fortuna, baixo; William Forghieri, teclados; Lobão, substitído por Jubá, bateria.

" RAUL SEIXAS "


Com pouco mais de 20 anos de carreira, tendo composto e gravado dezenas de músicas que se tornaram hinos do rock nacional, Raul Seixas mantém uma imensa legião de fãs e é considerado o símbolo de toda uma geração, um dos artistas mais queridos e cultuados do Brasil até hoje, aproximadamente 18 anos após sua morte.
Nascido em Salvador, Bahia, em 1945, foi influenciado desde a sua adolescência por norte-americanos como Elvis Presley e Jerry Lee Lewis e pela música baiana de Luís Gozaga. Essa mistura cultural poderia ser facilmente percebida mais tarde, em toda a extensão de sua obra.
Criou, no início da década de 60, a sua primeira banda, Raulzito e os Panteras, que apesar de ter sido a banda de rock mais popular da Bahia na época, resultou em um grande fracasso de vendas.
Decepcionado, começou a trabalhar na CBS (atual Sony) do Rio de Janeiro, onde seria o produtor dos grandes artistas da jovem guarda como Jerry Adriani, mas foi demitido quando descobriram que, sem permissão, havia gravado o álbum
“Sociedade da Grã Ordem Kavernista Apresenta: Sessão das Dez”,
utilizando os estúdios da empresa.
Desempregado, decidiu tentar a sorte novamente como cantor e participou do FIC, Festival internacional da Canção, evento realizado pela Rede Globo, em 1972. A música “Let Me Sing Let Me Sing”, chegou até as finais e toda essa exposição na mídia, valeu-lhe a gravação do compacto “Ouro de Tolo” pela Philips,
que lançaria, no ano seguinte, o seu álbum de estréia.
Intitulado “Krig-Ha Bandolo!”, esse disco trazia letras em parceria com o esotérico Paulo Coelho e, após fundarem o movimento da Sociedade Alternativa, foram exilados para os Estados Unidos por serem considerados subversivos pelo regime militar.
Em 1974, após o lançamento do clássico “Gita”, retornou ao Brasil e acompanhou a excelente repercussão do trabalho, além de receber disco de ouro. Durante os anos 70, ainda gravou vários ‘hits’, entre eles “Carimbador Maluco”, “Há Dez Mil Anos Atrás” e “O Dia em que a Terra Parou”, mas os problemas ainda estavam por vir.
Na década de 80, Raul começou a apresentar sérios problemas de saúde, relacionados principalmente ao consumo excessivo de álcool, o que começou a prejudicar visivelmente a sua carreira. Mesmo assim, continuou gravando faixas inesquecíveis como “Metamorfose Ambulante”, “Al Capone”, “Mosca na Sopa”, “Maluco Beleza”, “Rock das Aranha”, “Plunct Plact Zum”, “Metrô Linha 743”, “Cowboy Fora da Lei”, entre outras de suma importância para a música brasileira.
Em 1988, iniciou uma parceria com Marcelo Nova, resultando no que seria o último álbum inédito do Maluco Beleza, intitulado “A Panela do Diabo”, lançado em 1989. Nesse mesmo ano, porém, Raul teve sérias complicações de saúde e veio a falecer,
em 21 de agosto, devido a uma pancreatite aguda, causada pelo álcool.
Mas o fenômeno Raul Seixas não morreu: quando hoje nos deparamos com os inúmeros fã clubes, artistas covers, regravações de suas músicas por músicos consagrados, o lançamento constante de coletâneas e o de cerca de 13 livros a respeito de sua vida e sua obra, temos a certeza de que a mensagem foi passada, a certeza da missão cumprida.
Em 2003, comemorando 30 anos do primeiro lançamento solo de Raul, chegou às lojas “Anarkilópolis”. O álbum é, na verdade, uma compilação de faixas em que grandes nomes da música tiveram participação especial como Sérgio Dias, Pepeu Gomes, Marcelo Nova e Frejat. O destaque, no entanto, ficou com a inédita “Anarkilópolis”, composta e gravada em 1984 e que é considerada a primeira versão de “Cowboy Fora da Lei”.

" KID ABELHA "


Grupo de rock que surgiu no Rio de Janeiro em 1981 com o insólito nome Kid Abelha & Os Abóboras Selvagens. Começou a se tornar conhecido em 1982 a partir de uma fita demo com "Distração", executada pela Rádio Fluminense,
emissora carioca especializada em rock.
Em seguida participaram de shows no Circo Voador e do LP "Rock Voador", uma coletânea de novos nomes do rock brasileiro. Em 1984 gravaram o primeiro LP, "Seu Espião". Desde então o grupo gravou vários outros discos,
adquirindo uma roupagem mais pop do que rock.
Com sucessivas mudanças na formação, o nome da banda passou a ser apenas Kid Abelha e atualmente é um trio, formado por Paula Toller, George Israel e Bruno Fortunato. Entre os maiores sucessos estão a balada "Como Eu Quero", "Pintura Íntima", "Amanhã É 23", "Na Rua, na Chuva, na Fazenda" (regravação da música de Hyldon),
"Lágrimas e Chuva" e "Tomate".
“Pega vida”, de 2005, é o primeiro álbum de músicas inéditas do Kid Abelha, em quatro anos, lançado após o CD “Acústico MTV”. Produzido pelo inglês Paul Ralphes, o álbum apresenta 12 faixas, assinadas por Paula Toller em parceria com Israel, com o estilo pop da banda há mais de duas décadas. A única regravação é "Será que Eu Pus um Grilo na Sua Cabeça?" de Guilherme Lamounier e Tibério Gaspar.

"BARÃO VERMELHO"



Grupo de rock fundado em 1981 no Rio de Janeiro com quatro integrantes, só no ano seguinte encontrariam o vocalista Cazuza e gravariam o primeiro LP, "Barão Vermelho", pela Som Livre, fazendo alguns shows apenas no Rio e em São Paulo.
Depois do lançamento do disco "2", que inclui a faixa "Pro Dia Nascer Feliz", vem o sucesso nacional, em 1984, com "Beth Balanço", da trilha sonora do filme de mesmo nome e presente no terceiro disco do grupo, "Maior Abandonado".
Em janeiro de 1985 participam do festival Rock In Rio e em junho é anunciada a saída do vocalista Cazuza, que parte para carreira solo, e a entrada de Fernando Magalhães e Peninha. Frejat passa a ser vocalista e o Barão assina contrato com a Warner.
Em 1990 participam do Hollywood Rock, e no mesmo ano o baixista Dé é substituído por Dadi, ex-integrante dos Novos Baianos e do A Cor do Som.
No ano seguinte ganham o prêmio Sharp de melhor grupo de rock e o
baixista Dadi é substituído por Rodrigo Santos.
Outros sucessos do Barão são "Declare Guerra", "Por Que A Gente É Assim",
"Quem Me Olha Só", "Pense e Dance", "Torre de Babel", "O Poeta Está Vivo", "Supermercados da Vida", "Malandragem Dá um Tempo" e "Puro Êxtase".
Seus integrantes são: Roberto Frejat, guitarra e voz; Guto Goffi, bateria; Rodrigo Santos, substituindo Dadi, baixo; Maurício Barros, teclados; Peninha, percussão; Fernando Magalhães, guitarra; e até o ano de 1985 Cazuza, voz

Em 2001, depois de mais uma apresentação surpreendente no Rock in Rio 3 –
Por um Mundo Melhor, o Barão Vermelho faz uma pausa para seus integrantes desenvolverem projetos paralelos.
Em 2004 eles lançaram “Barão Vermelho”, que mostra sucessos do início de carreira.
Em agosto de 2005, o Barão Vermelho grava no palco do Circo o seu primeiro DVD, dentro do projeto MTV ao Vivo.
O elemento surpresa do Barão MTV ao Vivo fica por conta da dobradinha virtual, entre Cazuza e Frejat – este interpretando pela primeira vez - na canção “Codinome Beija-Flor”, de Cazuza e Ezequiel Neves. O álbum duplo faz uma retrospectiva de 23 anos de carreira da banda com repertório dos 12 discos de estúdio lançados desde 1982 e do ao vivo "Balada MTV".

" PLEBE RUDE "


Banda de rock formada em 1981 em Brasília (Phillipe Seabra, guitarra e voz; Jander Ribeiro, guitarra; André X, baixo; Gultje, bateria), começou se destacando no meio punk-rock por volta de 1982, em uma época em que a efervescência roqueira da capital federal era grande.

Mais tarde foram para São Paulo, onde tocaram com Ira e para o Rio, onde dividiram palco com Paralamas do Sucesso e Legião Urbana. O primeiro álbum, o mini LP "O Concreto Já Rachou", de 1986, lançou a banda com sucesso. Incluía as faixas "Até Quando Esperar", "Proteção" e "Johnny Vai à Guerra". Depois de mais dois discos lançados nos anos 80 ("Nunca Fomos Tão Brasileiros" e "Plebe Rude III"), separaram-se por um tempo e voltaram a tocar juntos na década de 90, quando os três primeiros discos foram relançados em CD, numa caixa intitulada "Portfolio".
Em 2000 lançam "Enquanto a Trégua Não Vem" um CD ao vivo com músicas inéditas e velhos sucessos. Neste ano, a Plebe Rude, conforme prometido naquela volta temporária, lançou o CD em várias capitais e se juntou poucas vezes ao ano para shows esporádicos.
Mas só em 2003 que Philippe Seabra e André X, fundadores da Plebe Rude, resolveram que era a hora da banda voltar de vez. Em 2004 chamaram o Clemente - vocalista e guitarrista da banda irmã da Plebe em SP, Os Inocentes - e o baterista de Brasília, o ex-Maskavo Txotxa. O novo disco, intitulado "R ao contrário",
está em fase de finalização.

" IRA ! "



Representante autêntico do rock paulista, o Ira! foi formado por volta de 1980 por amantes de punk rock que freqüentavam shows na periferia de São Paulo (Edgard Scandurra, guitarra; Dino, substituído por Ricardo Gaspa, baixo; Nasi, voz; Charles Gavin, substituído por André Jung, bateria).
O nome vem do Exército Republicano Irlandês (em inglês, Irish Republican Army). O primeiro compacto foi gravado pela Warner em 1983 com as músicas "Gritos na Multidão" e "Pobre Paulista", o primeiro sucesso da banda.
Dois anos depois surge o primeiro LP, "Mudança de Comportamento", que não teve vendas espetaculares como o seguinte, "Vivendo e Não Aprendendo", que trazia o hit "Envelheço na Cidade".
A consagração nacional veio com "Flores em Você", tema de abertura da novela "O Outro", da TV Globo. Nos anos seguintes o Ira! passou por altos e baixos, destacando-se a apresentação do Holywood Rock de 1988.
Nos anos 90 gravaram outros discos e Edgard Scandurra também lançou discos solo. Em 1998, foram contratados pela abril Music, voltando às paradas com os discos "Isso É amor" e "MTV Ao Vivo".



Em 2001, se apresentaram com grande sucesso no palco principal do Rock in Rio III.
Ira! Acústico MTV, lançado em 2004, marca o retorno da banda, depois de um ano sem contrato com gravadoras. O álbum traz os sucessos "Flores Em Você", "Núcleo Base" e "Dias de Luta", além de faixas inéditas, com participações especiais de Samuel Rosa, Pitty e Paralamas.

"PARALAMAS DO SUCESSO"



Um dos mais tradicionais grupos de rock brasileiro em atividade, os Paralamas do Sucesso começaram a tocar juntos no começo dos anos 80 em Brasília. Logo o baterista Vital saiu da banda, virou tema de uma música e foi substituído por João Barone, no trio básico ao lado de Herbert Vianna (guitarra e voz) e Bi Ribeiro (baixo). Essa formação mantém-se estável há cerca de vinte anos.
Já no Rio de Janeiro, gravaram uma fita demo e mandaram para a Rádio Fluminense, que, em busca de novos grupos de rock, divulgou as músicas da fita, transformando "Vital e sua Moto" no primeiro sucesso do grupo. O primeiro disco, "Cinema Mudo", saiu pela EMI em 1983 e teve razoável êxito.
A consagração veio com o segundo, "O Passo do Lui", de 1984, que incluía alguns dos maiores sucessos da banda: "Óculos", "Meu Erro", "Ska" e "Romance Ideal", todas de autoria de Herbert Vianna. No ano seguinte, o terceiro LP, "Selvagem?" teve mais de 700 mil cópias vendidas e emplacou duas das músicas mais tocadas no ano: "Alagados" e "Melô do Marinheiro", que começou a indicar a pioneira mescla com MPB, que se intensificaria nos discos seguintes.
A banda manteve uma produção constante de discos e sucessos, suscitando algumas polêmicas como a música "Luís Inácio (300 Picaretas)", que criticava o Congresso Nacional. Outros sucessos são "A Novidade", "Cinema Mudo", "Fui Eu", "Lourinha Bombril", "O Beco", "Vamo Batê Lata" e as baladas "Lanterna dos Afogados" e "Quase Um Segundo". Se apresentaram em festivais europeus e são uma das bandas mais populares na Argentina.
Em 2001, já se preparando para gravar um novo disco, Herbet Vianna sofre um trágico acidente. A queda do ultraleve na baía de Angra dos Reis quando ele estava a caminho da casa de Dado Villa Lobos matou sua mulher, Lucy Needham Vianna e o deixou entre a vida e a morte.
O cantor passou por um longo período de internação. Depois de sua saída do hospital, foi travada uma difícil jornada de recuperação devido às seqüelas do acidente: Herbert estava numa cadeira de rodas e ainda não havia recuperado plenamente as funções cerebrais. Felizmente isso não o incapacitou para a música e já em outubro de 2002, ensaios com a banda completa se realizavam no estúdio de sua casa. O resultado foi tão bom que levou gradualmente ao CD “Longo Caminho”, lançado pela EMI Music, com repertório composto antes do acidente.
De volta à estrada, em 2004, os Paralamas fazem um registro do show dos três integrantes com seus convidados especiais. O resultado foi o projeto "Uns dias", que foi lançado simultaneamente em quatro formatos: CD (14 músicas), CD duplo (26 músicas), DVD (com as 26, mais uma penca de extras) e CD/DVD.
Hoje é primeiro disco com músicas compostas pelo grupo após o acidente de Herbert Vianna, já que o repertório de “Longo Caminho” já estava composto antes do desastre. O álbum traz 13 faixas completamente inéditas, com as participações de Nando Reis, Andeas Kisser, Manu Chao, Marcelinho da Lua e Apollo 9.
Desse disco nasce, em 2006, o DVD “Hoje” cujo repertório é composto de todas as músicas do CD Hoje, além de duas músicas adicionais: "Busca Vida" e "O Muro", ambas com novos arranjos, que foram incluídas na nova turnê. Nos extras, um making of da gravação do CD, o encontro com Manu Chao para gravar "Soledad Cidadão", além dos clipes de "Na Pista" e "De Perto".

"TITÃS"




Banda de rock formada em São Paulo no início dos anos 80 com o nome Titãs do Iê-Iê-Iê, consolidou-se como uma das mais importantes e criativas do rock brasileiro.
O primeiro disco saiu em 1984, e teve um grande sucesso: "Sonífera Ilha".
O segundo seguiu a mesma linha pop, emplacando "Insensível".
Nos discos seguintes criaram um estilo próprio mesclando elementos de rock'n'roll, punk, hard rock, pop, jovem guarda. "Cabeça Dinossauro", de 1986, considerado um disco básico do BRock, com "AA UU", "Igreja", "Polícia", "Cabeça Dinossauro" e "Bichos Escrotos".

Em seguida, "Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas" corroborou a permanência da banda no cenário roqueiro brasileiro, emplacando diversos hits: "Comida", "Diversão", "Desordem", "Lugar Nenhum". O quinto disco da banda, "Go Back", foi gravado ao vivo no festival de Montreux, na Suíça, e deu início à carreira internacional.
Em "Õ Blésq Blom", ao mesmo tempo em que se pode detectar um começo de experimentalismo, como "O Pulso" e "O Camelo e o Dromedário", há a continuação da trajetória rock, um pouco menos pesada, com "Miséria" e "Flores".
"Tudo ao Mesmo Tempo Agora", de 1991, é o último disco que conta
com Arnaldo Antunes, que saiu em carreira solo.
O disco seguinte, "Titanomaquia", revela uma influência grunge na banda, emplacando poucos sucessos. "Domingo" (1995) é a adesão do Titãs ao pop dos anos 90,
o que só se confirma com o super sucesso de vendas que aconteceu com o CD
"Acústico MTV", com versões não amplificadas dos grandes sucessos "Go Back", "Comida", "Família", "O Pulso", "Marvin" e outros.
A banda fez mais de 300 shows pelo Brasil acompanhados de orquestra
para divulgar o acustústico.
O sucesso foi tão grande que os Titãs decidiram repetir a dose no álbum seguinte. "Volume 2", lançado em outubro de 1998, trazia mais músicas antigas
com arranjos acústicos.
Em 2001, as vésperas da gravação do álbum
“A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana”,
o Titãs perdeu o guitarrista Marcelo Fromer, atropelado por uma moto, em São Paulo. Apesar da tragédia, o grupo resolveu continuar com as gravações do disco.
O trabalho, o primeiro pela nova gravadora, a Abril Music, teve boa aceitação e emplacou o sucesso “Epitáfio”.
Durante a turnê de “A melhor Banda”, em 2002, um outro desfalque.
Nando Reis resolveu deixar o grupo para se dedicar exclusivamente à sua carreira solo. Em 2003, os Titãs lançam seu 14º CD, "Como estão vocês?", um retorno ao rock n’roll que contou com a produção de Liminha. No álbum, os cinco remanescentes –





Paulo Miklos, Toni Belotto, Branco Mello, Sérgio Britto e Charles Gavin –
resgatam a questão da crítica social, deixada de lado por uns tempos pela banda,
sem esquecer da homenagem póstuma a Frommer, que encerra o disco.
O mais recente lançamento dos Titãs foi o “MTV Ao Vivo”, de 2005.
Gravado em Florianópolis, na Fortaleza São José da Ponta Grossa, o disco trás versões ao vivo de antigos sucessos da banda e as inéditas “Vossa Excelência” e
“O inferno são os outros”. Em março de 2006, o grupo abriu o show dos Rolling Stones no Rio de Janeiro, tocando para 1,5 milhão de pessoas na praia de Copacabana.

" CAPITAL INICIAL "



Tudo começou quando a banda ABORTO ELÉTRICO dissolveu-se por causa de uma briga
entre Fê Lemos e Renato Russo.
A discussão aconteceu por causa de uma musica: Química;
se ela entraria no CD da banda ou não.
Renato Russo (vocal) foi fazer suas experiências musicais.
O resultado foi a Legião Urbana.
Fê e Flávio Lemos (ex-aborto elétrico) juntaram-se ao guitarrista Loro Jones e formaram o Capital Inicial.
Mas nenhum dos três tinha voz para substituir a de Renato Russo.
E a nova banda precisava de um vocalista.
Foi ai que eles lembraram de um garoto que vivia nos ensaios da Aborto Elétrico.
Esse garoto era Dinho Ouro Preto.

Nessa época as bandas de Brasília começaram a se profissionalizar, quem ganhou a corrida foi a Legião Urbana (que gravou seu primeiro disco em 1984). O Capital Inicial só veio 2 anos depois com 3 musicas do antigo repertório da Aborto Elétrico: Fátima, Musica Urbana e Veraneio Vascaína. Todas de forte pegada política. As 3 musicas entraram no primeiro CD do Capital Inicial, que foi censurado com a tarja: PROIBIDO PARA MENORES DE 18 ANOS. Por causa disso, os menores de 18 anos ficaram curiosissímos com o som do grupo.
O primeiro disco do Capital, já pela Polygram, saiu em 1986 e foi muito bem de críticas. São músicas desse álbum: "Música Urbana", "Psicopata", "Fátima", "Veraneio Vascaína" e "Leve Desespero", entre outras. O sucesso fez com que a banda ganhasse seu primeiro Disco de Ouro.
O segundo disco dos caras, “Independência” , saiu em 1987, com um integrante a mais no grupo: Bozzo Barretti. Com músicas como “Prova”, “Independências” e a regravação de “Descendo o Rio Nilo”, também foi bem sucedido e ganhou um Disco de Ouro.

"Você Não Precisa Entender" chegou às lojas de todo o país em 1988, com mais sucessos: "A Portas Fechadas", "Pedra na Mão" e "Fogo".
1989 marca o lançamento do disco "Todos os Lados", com destaque para as faixas "Todos os Lados", "Mickey Mouse em Moscou" e "Belos e Malditos".Em 1990, a banda se apresentou no Hollywood Rock, realizado em São Paulo e no Rio de Janeiro.



Em 1991, saiu "Eletricidade". O álbum, lançado pela BMG, trazia uma versão para "The Passenger", de Iggy Pop, batizada de "O Passageiro", e composições como "Kamikaze" e "Todas as Noites". Neste mesmo ano, a banda tocou na segunda edição do festival Rock in Rio.
Em 1992, Bozzo Barretti deixou o grupo, e em 1993, divergências musicais e pessoais levaram o vocalista Dinho Ouro Preto a seguir carreira solo. Murilo Lima (Ex-banda Rúcula) assumiu os vocais e a banda lançou os discos “Rua 47”, em 1994, e “Ao Vivo”, em 1996.
O grupo quase acabou após a saída de Dinho. Nessa fase, a vida pessoal do cantor também ia por água abaixo. Ele foi fundo nas drogas e se atirou de cabeça na noite. Até hoje Dinho acha que as drogas deveriam ser legalizadas. É a favor de todos os prazeres, mas acha que o exagero é mortal.
Nos anos seguintes, pouco se ouviu falar do Capital Inicial. Muitos até hoje pensam que a banda tinha acabado, mas a verdade é que o grupo nunca parou de fazer shows, mesmo sem Dinho nos vocais.
Em 1998, os quatro integrantes originais da banda resolvem se juntar e levantar a moral do Capital. Saiu o CD “ O Melhor do Capital Inicial” . Dinho Ouro Preto, Loro Jones, Fê e Flávio Lemos voltaram à estrada com um novo show, uma comemoração aos 15 anos da banda e aos 20 anos do nascimento do rock candango. O repertório trazia sucessos, faixas pouco conhecidas e composições de bandas que fizeram parte da cena de Brasília nos anos 80, como Plebe Rude e Legião Urbana. Com este projeto surgiu a idéia de organizar uma pequena turnê para os velhos fãs.

Mas a resposta do público à volta da formação original do grupo brasiliense surpreendeu até ao quarteto, que passou a ponderar a possibilidade de lançar um disco ao vivo. Sabiamente, driblaram o óbvio em favor de um disco de músicas inéditas, que acabou resultando em um dos dois melhores álbuns de sua carreira, o aclamado Atrás dos Olhos, lançado pela Abril Music em outubro de 1998.
Dois anos depois da volta, com o convite para participar do programa Acústico, da MTV, o Capital Inicial aproveitou oportunidade para rever todos os seus grandes "hit singles" para um público absolutamente novo e interessado na história de uma das protagonistas do famoso movimento do rock brasileiro dos anos 80. Assim, os quatro veteranos (mais o fiel "quinto capital", o tecladista Aislam Gomes) passaram a trabalhar, lenta e cuidadosamente, sobre um repertório que abrangesse desde seu primeiro compacto, lançado em 1985, até os hits de Atrás dos Olhos. Surpresa e alívio foi notar que muitas das músicas mais famosas do grupo, como "Fogo" e "Cai a Noite", há muito não faziam mais parte de seu repertório de shows, numa prova de que, ao contrário de muitos de seus contemporâneos, o Capital Inicial não dependia de seus feitos passados para nada.
Claro que a lógica formal não substitui o prazer de ouvir aqueles grandes clássicos que fizeram dos anos 80. "Leve Desespero", veio do primeiro single da banda, Descendo o Rio Nilo, lançado em 1985, pela CBS; "Música Urbana", "Veraneio Vascaína" e "Fátima", do primeiro LP, Capital Inicial, lançado pela Polygram em 1986; "Independência", é do disco homônimo, de 1987; "Fogo" é de Você Não Precisa Entender, de 1988; "O Passageiro", "Cai a Noite" e "Todas as Noites" são de Eletricidade (BMG), de 1991; "O Mundo" e "Eu Vou Estar" são de Atrás dos Olhos (Abril Music), de 1998.
Além dos hits, a banda inclui duas novas composições no repertório: "Natasha" (uma espécie de "She's Leaving Home" Beatles - para a geração raver) e "Tudo Que Vai", um hit instantâneo que já faz sua carreira nas rádios de todo o país. Aproveitando a participação de Kiko no palco, tocando violão, o especial que vai ao ar pela MTV no dia 26 de maio.
Sem orquestra, sem arranjos de cordas, sem entra-e-sai de convidados (com exceção da também brasiliense Zélia Duncan, que divide o microfone com seu ex-colega de colégio, Dinho Ouro Preto, na balada "Eu Vou Estar"), a banda optou por um acertado clima intimista, cujo resultado salta aos ouvidos aos primeiros acordes de "O Passageiro". Nada de arranjos "adultos" e "MPBizados" das canções, os velhos amigos de Brasília fazendo o que sempre fizeram apenas desplugando seu pós-punk e esbanjando segurança e personalidade.
Em 2001 lançam o CD "Elétrico" que não fez tanto sucesso quanto o Acústico MTV.
Sem perder o fôlego, em 2002 lançam o CD "Rosas e Vinho Tinto" o primeiro trabalho sem a participação de Loro Jones, que resolveu deixar a banda. No seu lugar entra Ives Passarell, ex-guitarrista da banda Viper, que dá novo gás a banda, tanto que
Em 2002 o Capital Inicial anunciou a saída do guitarrista Loro Jones e a entrada de Yves Passarell (ex-Viper). Loro deixou a banda amigavelmente. Ele estava sentindo falta da família durante as longas turnês e optou por ficar o tempo todo com ela. Yves é amigo de longa data dos caras da banda e chegou até a tocar no Capital no período em que o Dinho se afastou. Junto com a notícia da nova formação da banda, veio o novo CD, "Rosas e Vinho Tinto", este CD é disco de Ouro e já criou os hits "À Sua Maneira" , "Quatro Vezes Você" e "Mais".
Em 2007 marca o lançamento do 14° álbum de inéditas do Capital Inicial, “Eu Nunca Disse Adeus” é o sucessor de “Gigante”, que foi lançado em 2004. A produção do novo CD ficou mais uma vez a cargo de Marcelo Sussekind. A faixa “Eu Nunca Disse Adeus” foi escolhida para ser o primeiro single, foi lançada nas rádio dia 28 de fevereiro e já tem um videoclipe pronto, gravado na Casa Das Caldeiras, em São Paulo, sob a direção de Maurício Eça....